ESPACIALIDADE DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO MUNICÍPIO BRASILEIRO DE ILHÉUS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG238960354

Palavras-chave:

Violência urbana, Geoprocessamento, Pobreza, DEAM, Gênero

Resumo

Este artigo explora as características espaciais, temporais e raciais da violência contra as mulheres captadas pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher no município de Ilhéus, localizado no nordeste do Brasil. O objetivo deste estudo foi traçar um perfil da violência contra as mulheres no município de Ilhéus norteado pelo interesse em conhecer a distribuição espacial das notificações da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM). O trabalho se baseou em estatística descritiva e utilizou geoprocessamento para mapear o local de ocorrência de violência contra as mulheres denunciantes nos anos 2013 e 2018 e foram analisadas 2268 denúncias. Os resultados demonstraram que os casos mais incidentes registrados fixam-se nos crimes de ameaça e lesão corporal, somando mais de 90% das notificações, tendo como principais vítimas mulheres autoconsideradas pardas, na faixa etária entre 25 a 29 anos no ano de 2013 e entre 35 e 64 anos no ano 2018. Também foi constatado que as ocorrências são mais comuns nos finais de semana, especialmente no domingo, entre o horário das 17hrs às 20hrs. Além disso, os resultados fornecem indicativos sobre o vínculo entre as áreas de pobreza e violência de gênero.

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Biografia do Autor

Elisabeth Zorgetz Loureiro, Universidade Estadual de Santa Cruz

Mestre em Economia Regional e Políticas Públicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Graduada em História, licenciatura, pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC. Compõe o Grupo de Pesquisas Avançadas em Materialidades, Ambiências e Tecnologias (UFSB/CNPq) e integra o Grupo de Trabalho de Teoria Marxista da Dependência (GT-TMD/SEP). Atuou como professora (monitora) de História no Programa Universidade para Todos (UPT). Atualmente Doutoranda no programa de Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Estadual de Santa Cruz

Nayanne Silva Benfica, Universidade Estadual de Santa Cruz

Engenheira Ambiental pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Na graduação, realizou intercambio na Universidad de la Costa, Colômbia. Especialização em Geotecnologia (2018), Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2018) e atualmente Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz. 

Andréa da Silva Gomes, Universidade Estadual de Santa Cruz

Possui graduação em Economia pela Universidade Santa Úrsula (1995), mestrado em Economia pela Universidade Federal da Bahia (1998) e doutorado em Desenvolvimento Rural pelo Instituto Nacional Agronômico Paris-Grignon, França (diploma reconhecido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Participou como membro da missão técnica da Agência Brasileira de Cooperação para o desenvolvimento da agricultura e segurança alimentar no Haiti. Revisora no ano de 2012 da prova do ENADE para o curso de economia. Atuou como Vice-diretora do Departamento de Ciências Econômicas (2011-2014) e vice-coordenadora do Mestrado em Economia Regional e Políticas Públicas (MERPP/UESC) no período 2013 e 2014. Exerceu, de novembro de 2014 a outubro de 2016, a função de coordenadora do MERPP/UESC. Atualmente é vice-coordenadora do MERPP/UESC e professora plena do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz , do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PRODEMA/UESC) e do Mestrado em Economia Regional e Políticas Públicas (MERPP/UESC). Leciona as disciplinas de Microeconomia, Economia Rural e Economia Regional. Linhas de pesquisa: desenvolvimento rural, economia regional, economia dos recursos naturais e meio ambiente.

Yuri Nascimento Almeida, Universidade Estadual de Santa Cruz

Graduando em Ciências Econômicas na Universidade Estadual de Santa Cruz e bolsista voluntário de iniciação científica.

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Publicado

10-10-2022

Como Citar

LOUREIRO, E. Z.; BENFICA, N. S.; GOMES, A. da S.; ALMEIDA, Y. N. ESPACIALIDADE DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO MUNICÍPIO BRASILEIRO DE ILHÉUS. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 23, n. 89, p. 173–188, 2022. DOI: 10.14393/RCG238960354. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/60354. Acesso em: 8 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos