AFRO-TERRITORIALIDADE: UMA PERSPECTIVA GEOGRÁFICA AFROCENTRADA PARA COMPREENDER AS DINÂMICAS TERRITORIAIS DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG238759374Palavras-chave:
Afrocentricidade, Território Cultural, Religiões de matriz africanaResumo
A reflexão aqui encaminhada tem como característica propositiva apresentar a afro-territorialidade como uma perspectiva teórico-conceitual geográfica que possibilita compreender as dinâmicas territoriais dos terreiros de candomblé a partir de uma crítica afrocentrada. Trata-se de uma perspectiva analítica que coloca em evidência os princípios e valores das tradições afrorreligiosas como elementos essenciais para constituição de suas próprias territorialidades - organização socioespacial que rompe com a lógica das tradições hegemônicas. Para tanto, este estudo foi elaborado a partir da intersecção e orientação de eixos investigativos afrocentrados alinhados aos pressupostos teóricos que sustentam o conceito de territorialidade, os quais nos possíbilitou identificar a afro-territorialidade como um constructo cultural, inerente às tradições de luta e resistência do agente negro em sua forma de uso e apropriação do espaço. Sob esta perspectiva, foi possível identificar/classificar o terreiro de candomblé como um território cultural, constituído a partir de um conjunto de valores mítico-filosóficos que nutrem às essências dos signos e símbolos que o constitue, ao mesmo tempo que estabelece as regras de comportamentos sociais dos membros que com ele se relacionam; tanto nos diferentes espaços/lugares de culto dispostos no interior dos terreiros, como naqueles que se estendem para além dele.
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