PRODUÇÃO DE CENÁRIOS DE RISCOS AMBIENTAIS: O CASO DA PLANÍCIE COSTEIRA DE ARACAJU/SERGIPE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG238759193

Palavras-chave:

Perigo, Vulnerabilidade, Derivações antropogênicas, Planejamento ambiental, Geoecologia

Resumo

O artigo tem por objetivo a avaliação da produção de cenários de riscos ambientais nos espaços costeiros, com enfoque para a cidade de Aracaju/SE – Brasil. Fundamentado na relação entre perigo e vulnerabilidade, foi conjecturado, sob o prisma da Geoecologia, a correlação entre a estruturação natural da paisagem, derivações antropogênicas e surgimento dos cenários de risco. O estudo foi alicerçado na análise de imagens de satélite, sobrevoos com drone, avaliação da suscetibilidade das unidades e a análise do processo de ocupação e agentes indutores. Os resultados obtidos indicaram que não obstante os distintos níveis de derivação antrópica da paisagem, ocorreram grandes transformações na estruturação natural, que associada à ausência de infraestruturas urbanas adequadas resultaram no aumento da vulnerabilidade da população residente. Somado a isso, a análise das unidades de paisagem e mensuração da suscetibilidade revelaram elevados graus tanto para os alagamentos quanto para a erosão costeira. Conclui-se, por suposto, que o espaço costeiro aracajuano apresenta características biofísicas que são determinantes nas manifestações dos perigos ora avaliados. Tal fator associado à ruptura da estruturação natural decorrente das intervenções antropogênicas tem produzido sistematicamente as situações de risco.

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Biografia do Autor

Luana Santos Oliveira Mota, Universidade Federal de Sergipe

Possui Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2010, 2016), Mestrado em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFS (2012) e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2017). Atualmente é Professora Substituta da Universidade Federal de Sergipe e Professora da Secretaria da Educação do Estado de Sergipe. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Análise Ambiental de Zonas Costeiras e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: Diagnósticos Ambiental de Zonas Costeiras, Dinâmica Fluviomarinha, Linha de Costa, Planejamento Urbano e Ambiental, Geoprocessamento e Ensino de Geografia

Rosemeri Melo Souza, Universidade Federal de Sergipe

Pesquisadora do CNPq e Professora Titular do Departamento de Engenharia Ambiental da UFS. Pós-Doutora em Geografia Física (Biogeografia/Planejamento Ambiental) pelo CERES/UFRN (2019) e em Geografia Física (Biogeography) pela ESES/The University of Queensland, Austrália (2010). Doutora em Desenvolvimento Sustentável/Gestão Ambiental (UnB) com estágio doutoral Grupo SLIF da Universidade de Lisboa, Portugal (2000). Publicou, até o presente, mais de 160 artigos em periódicos especializados, 12 livros e 85 capítulos de livros. Membro do Conselho e/ou Revisora de numerosos periódicos científicos internacionais e nacionais. Até o momento, concluiu as orientações de 34 alunos de Iniciação Científica, 14 orientações de extensão e de cooperação internacional, 17 TCC, 08 Monografias de Pós-Graduação Lato Sensu, 32 Dissertações de Mestrado, 22 Teses de Doutorado e 07 Supervisões de Pós-Docs vinculadas a cursos de Graduação, Especialização e aos Programas de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) e em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFS). Líder do Grupo de Pesquisas em Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/CNPq/UFS) e integrante do GEPOGEO (Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Política e Geopolítica/CNPq/UCSAL). Integra a Rede de Monitoramento de Hábitats Bentônicos (ReBentos/GT MM) vinculada à Rede Clima/MCT e a Rede de Meio Ambiente da América Latina (REIMA). Atua em Geografia Física, com ênfase em Biogeografia e Ciências Ambientais, nos temas: Biomonitoramento/Fitoindicação, Mudanças Ambientais, Avaliação do Meio Biofísico, Drylands, Mangrove; Conflitos/Riscos Ambientais.

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Publicado

01-06-2022

Como Citar

MOTA, L. S. O.; SOUZA, R. M. PRODUÇÃO DE CENÁRIOS DE RISCOS AMBIENTAIS: O CASO DA PLANÍCIE COSTEIRA DE ARACAJU/SERGIPE. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 23, n. 87, p. 206–223, 2022. DOI: 10.14393/RCG238759193. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/59193. Acesso em: 27 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos