TERRITÓRIO: CONFLITOS E REPRODUÇÃO DO CAPITAL EM MOÇAMBIQUE

Autores

  • Ernesto Jorge Macaringue Escola Superior de Hotelaria e Turismo – Universidade Eduardo Mondlane, Inhambabe, Moçambique
  • Thiago Sebastiano de Melo Centro de Excelência em Turismo – Universidade de Brasília, Brasília-DF, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG0058563

Resumo

Em qual medida os processos de administração da terra, que se baseiam na concepção do território único, estão no centro dos conflitos pelo seu acesso, controle e gestão em Moçambique? As disputas pelo acesso, controle e gestão da terra como meio universal de criação de riqueza e bem-estar social, envolvem os sujeitos do campo que são os membros das comunidades locais, os agentes dos órgãos do governo que administram a terra e os que querem acumular ou ampliar seu dinheiro com ela. Nesse contexto, o nosso objetivo é problematizar a concepção do território único, que entendemos ofuscar e aniquilar a importância material da comunidade local, que pode ser resumida como uma categoria espacial vital na organização e reprodução social camponesa; subsidiando as vozes que sempre reivindicaram a necessidade de uma reforma agrária. Os dados usados no debate provêm de várias fontes: acervos dos órgãos do Estado, relatórios de pesquisas e fontes orais de diferentes personalidades. Ao sistematizar tais informações apontamos que a perda da sociobiodiversidade está atrelada ao moinho que tritura interações metabólicas nas quais a dignidade da vida é pilar (territórios campesinos) para subsumir a vida ao imperativo do capital.

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Publicado

18-12-2020

Como Citar

MACARINGUE, E. J.; DE MELO, T. S. . TERRITÓRIO: CONFLITOS E REPRODUÇÃO DO CAPITAL EM MOÇAMBIQUE. Caminhos de Geografia, Uberlândia, p. 249–259, 2020. DOI: 10.14393/RCG0058563. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/58563. Acesso em: 26 jul. 2024.