QUESTÃO AGRÁRIA E AS AÇÕES ATUAIS DA BANCADA RURALISTA NO GOVERNO FEDERAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG238658541Palavras-chave:
Frente Parlamentar da Agropecuária, Parlamentares, Propriedade Capitalista, Estrutura FundiáriaResumo
A propriedade privada da terra concentrada está intrinsicamente associada ao poder político e econômico ao longo da história do Brasil, sobretudo em tempos mais recentes. Diante dessa realidade, este trabalho objetiva analisar políticos eleitos nas eleições gerais de 2014, no caso de parte das cadeiras do Senado, e de 2018, pertencentes ou não à bancada ruralista, mas com estreitas relações e ações junto à agricultura capitalista, a partir da propriedade capitalista da terra. Objetiva-se ainda analisar as propriedades pertencentes a políticos e analisar as suas distribuições pelo Brasil. A bancada ruralista é considerada uma das mais fortes no Congresso brasileiro, de sustentação da agricultura capitalista e setores interligados (agronegócio), composta por políticos de todas as regiões do país, atuando em torno de pautas favoráveis às suas demandas. Para subsidiar a análise, buscou-se as declarações de bens feitas pelos políticos eleitos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as informações sobre a propriedade da terra dos parlamentares retiradas do Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Dados sobre a estrutura fundiária do INCRA foram utilizados para demonstrar a violência da concentração de terras no Brasil e sua manutenção ao longo dos anos.
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