A SELETIVIDADE ESPACIAL DA PICHAÇÃO EM BELO HORIZONTE: ENTRE A NOTORIEDADE E A EFEMERIDADE
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG228456721Palavras-chave:
Pichação, Percepção geográfica, Planta cartográfica, Hipercentro, Comportamento espacialResumo
A pichação é uma manifestação gráfica, predominantemente desenvolvida por meio da escrita ou de desenhos mesclados com escritas, muitas vezes de difícil interpretação, que se encontra amplamente presente nas cidades brasileiras. Este artigo busca identificar como os pichadores percebem e valorizam os aspectos presentes na paisagem urbana, selecionando os locais a serem pichados. Com base em levantamento primário de informações, um grupo de pichadores foi convidado a identificar em plantas e mapas locais “desejados” e a serem “evitados” na sua atuação. O Hipercentro de Belo Horizonte foi usado como referência, tendo sido adotado um conjunto de instrumentos para a coleta de informações: a) planta cartográfica; b) plantas de fachadas de prédios e casas; c) roteiro de entrevistas. Os resultados revelam que os pichadores possuem uma lógica espacial que privilegia e/ou evita locais segundo as atividades e funções urbanas ali presentes; a presença e a circulação de pessoas; e a visibilidade dos locais. Concluiu-se que os pichadores, enquanto agentes produtores do espaço urbano, experienciam e fazem escolhas espaciais na cidade segundo uma visão e objetivos comuns. Desvelou-se, ainda, vários aspectos relativos ao código de comportamento espacial dos pichadores.
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Copyright (c) 2021 Rodrigo Guedes Braz Ferreira, Alexandre Magno Alves Diniz
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