A DUALIDADE NA RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA ENTRE OS INDÍGENAS PARESI E OS FAZENDEIROS DO ENTORNO SOBRE A PAISAGEM

Autores

  • Nicodemos Misquita de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) http://orcid.org/0000-0002-8497-3525
  • José Carlos Ugeda Junior Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG206941243

Palavras-chave:

Bacia hidrográfica do Rio Verde., Índios Paresi., Relação sociedade-natureza indígena.

Resumo

O estudo apresenta uma análise da paisagem na bacia hidrográfica do Rio Verde, território indígena Paresi em Tangará da Serra - Mato Grosso.  Pautada no método geossistêmico somado ao viés crítico da geografia. Envolveu estudos sobre concepções diferenciadas na relação sociedade-natureza entre os Paresi-Haliti e os fazendeiros do entorno. Assinalada pela resistência dos indígenas frente ao processo de homogeneização da paisagem. O resultado cartográfico do uso e ocupação do solo nos últimos trinta anos revelou uma paisagem muito alterada no entorno da terra indígena, marcada pelas geometrias das plantações de commodities de grãos. Já no território indígena a vegetação natural foi mantida praticamente conservada. Entrevistas com os fazendeiros e indígenas apontaram incompatibilidades nos usos múltiplos do rio. Rituais tradicionais foram comprometidos, pois muitos locais sagrados ficaram situados fora do território delimitado, em áreas particulares. Houve também uma diminuição dos animais de caça pela perda de habitat. O território indígena Paresi representa, juntamente com outros territórios indígenas, a riqueza da heterogeneidade cultural e também acabaram assumindo um importante papel na preservação dos biomas no estado.

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Biografia do Autor

Nicodemos Misquita de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Bacharel e licenciado em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Especialização em Educação Ambiental para Sustentabilidade pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso. Funcionário, cargo de Indigenista Especializado, na Fundação Nacional do Índio, Coordenação Regional de Minas Gerais e Espírito Santo.

José Carlos Ugeda Junior, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui Graduação em Geografia - Licenciatura pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003), Bacharelado (2004), Mestrado (2007) e Doutorado em Geografia (2012) pela mesma instituição. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física, atuando principalmente nos seguintes temas: Dinâmica e Gestão Ambiental, Métodos e Técnicas do Planejamento Urbano e Regional, Planejamento ambiental, Cartografia Temática, Climatologia e mais recentemente atuando nas áreas de ensino de Climatologia e Cartografia. Atualmente é Professor Adjunto III do Departamento de Geografia e do Programa de Pós Graduação em Geografia, da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Cuiabá. Nesse momento faz parte do Núcleo Docente Estruturante (NDE) e do Colegiado do Curso de Bacharelado em Geografia, além de exercer a função de Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia.

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Publicado

07-07-2019

Como Citar

MISQUITA DE OLIVEIRA, N.; JUNIOR, J. C. U. A DUALIDADE NA RELAÇÃO SOCIEDADE-NATUREZA ENTRE OS INDÍGENAS PARESI E OS FAZENDEIROS DO ENTORNO SOBRE A PAISAGEM. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 20, n. 69, p. 282–292, 2019. DOI: 10.14393/RCG206941243. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/41243. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos