O CAPITAL INCORPORADOR E A "NOVA CLASSE" TRABALHADORA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A MOBILIDADE RESIDENCIAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG176009Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar de que forma a elevação dos rendimentos e do padrão de consumo de uma parcela significativa da população em decorrência do aumento do emprego com carteira assinada e expansão do crédito, entre outros fatores, nos últimos anos promoveu alterações no espaço urbano. Para tanto, procuramos nos situar diante do debate em torno da "nova classe média" para verificar se essa ascensão econômica esteve relacionada com uma possível ascensão social e, posteriormente, com a mobilidade residencial caracterizada pela busca por um "lugar melhor" por parte de alguns dos trabalhadores que obtiveram melhores condições de renda. Nesta perspectiva, analisamos a atuação do capital incorporador na transformação e produção do espaço urbano a partir da lógica de valorização e criação de espaços de moradia destinados a estes citadinos, bem como de que forma sua atuação reforça o processo de segregação socioespacial.
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