AS POSSIBILIDADES DA REVOLUÇÃO CULTURAL: UM PARALELO ENTRE AS CONCEPÇÕES DE HERBERT MARCUSE E HENRI LEFEBVRE
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG155224258Palavras-chave:
Herbert Marcuse, Arte, Revolução, Henri Lefebvre, Cotidiano, IdeologiaResumo
O objetivo deste artigo é estabelecer uma relação entre as concepções de revolução cultural em Marcuse e Lefebvre, a partir da maneira como os dois filósofos visualizaram a revolução, no contexto do capitalismo. Os pontos de partida são: a crítica marcuseana ao caráter afirmativo da cultura e a crítica de Lefebvre à ideologia capitalista. Defende-se a hipótese de que as razões que levaram Marcuse a se aproximar das manifestações artísticas revolucionárias foram as mesmas que fizeram Lefebvre se aproximar do estudo do cotidiano. Para realizar a pesquisa, a metodologia aplicada foi revisão de literatura e leitura de obras dos autores em que as questões propostas aparecem com mais frequência, a saber: o texto "33 teses", do livro Tecnologia, guerra e fascismo, os textos "A arte na sociedade unidimensional" e "Sobre o caráter afirmativo da cultura", de Marcuse e os textos "Filosofia e conhecimento do cotidiano", "Como nomear a sociedade atual?" e "Rumo a uma revolução cultural permanente", do livro A vida cotidiana no mundo moderno, de Lefebvre. Concluímos, provisoriamente, que enquanto em Marcuse a revolução cultural exige uma mudança na sensibilidade; em Lefebvre, a revolução cultural se dá no próprio processo do cotidiano.
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