A IMPLANTAÇÃO DE VIAS E O MANEJO DE ÁREAS PROTEGIDAS NA REGIÃO DO JALAPÃO: A RODOVIA TO 110 E O SEU ENTORNO

Autores

  • Bruno Machado Carneiro Universidade Federal do Tocantins
  • Lucio Flavo Marini Adorno Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG113315882

Palavras-chave:

Rodovias, passivos ambientais, estrada-ecológica, meio ambiente

Resumo

A formulação de políticas públicas que beneficiem a sociedade e que gerem pouco impacto ambiental é um dos grandes desafios dos gestores públicos. Aliar desenvolvimento econômico com manutenção de um ecossistema saudável torna essa tarefa mais árdua porque grande parte das ações realizadas pelo homem gera alterações no ambiente, principalmente quando se trata de abertura e manutenção de vias que envolvem, quase que, em sua totalidade a supressão da vegetação nativa, modificação da paisagem e fragmentação de habitats. No Jalapão, a abertura da rodovia TO 11O, que interliga os municípios tocantinenses de Mateiros e São Félix em meados da década de 1990 e a abertura dos ramais que interligam essa rodovia aos atrativos turísticos inseridos no interior do Parque Estadual do Jalapão e adjacencias, resultou na retirada de parte dos materiais (cascalho, areia e argila) das cabeceiras das vertentes, ocasionando passivos ambientais, merecendo destaque o processo de assoreamento dos cursos d'água, tais como o córrego Carrapato e o Córrego Formiga. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo diagnosticar os efeitos da expansão viária e analisar de qual forma o planejamento e gestão da malha viária interferem no manejo de áreas protegidas na região do Jalapão e, em especial, na TO 110. Os resultados da pesquisa indicaram um predomínio nos problemas associados aos grupos I (corpo estradal), grupo II (materiais de construção e instalações) e grupo V (áreas ambientalmente sensíveis). Diante dessas constatações, acredita-se que uma estratégia possível de ser implementada é a criação de uma Estrada- Ecológica. Para tanto, sua efetivação e limites devem seguir etapas de implantação e deve, à priori, passar por uma discussão com a comunidade no intuito de: esclarecer seus prós e contras; estabelecer e exemplificar de forma prática as normas de uso e ocupação de sua área de influência direta e faixa de domínio; e somente ser implantada após a anuência da comunidade e instalação do seu conselho gestor comunitário e participativo

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Biografia do Autor

Bruno Machado Carneiro, Universidade Federal do Tocantins

Geógrafo, Especialista em Geoprocessamento e Mestre em Ciências do Ambiente, UFT, Professor da Faculdade Católica do Tocantins e Analista Ministerial Especializado do Ministério Público do Estado do Tocantins

Lucio Flavo Marini Adorno, Universidade Federal do Tocantins

Geógrafo e Doutor em Organização e Gestão Territorial, UFRJ Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins e Coordenador do Núcleo de Estudos Ambientais e Turismo sustentável da Universidade Federal do Tocantins

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Publicado

22-03-2010

Como Citar

CARNEIRO, B. M.; ADORNO, L. F. M. A IMPLANTAÇÃO DE VIAS E O MANEJO DE ÁREAS PROTEGIDAS NA REGIÃO DO JALAPÃO: A RODOVIA TO 110 E O SEU ENTORNO. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 11, n. 33, p. 120–137, 2010. DOI: 10.14393/RCG113315882. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/15882. Acesso em: 8 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos