PERCEPÇÃO E MEMÓRIA: UMA BARRAGEM, MUITAS VIDAS, UMA HISTÓRIA

Autores

  • Neide de Moura Mestranda em Geografia

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG92715638

Palavras-chave:

imaginário, lugar, espaço vivido.

Resumo

O estudo realizado teve como meta a identificação da relação existente entre os moradores e seu lugar de vivência, ou seu espaço vivido, partindo do pressuposto de que este espaço não existe mais como outrora, foi modificado, destruído. A formação de barragens pode ser encarada como um fator de destruição do imaginário popular sobre um lugar, pois ao inundar a área, também se inunda o lugar com seus significados e simbologia próprios. O enfrentamento deste problema pelos moradores nem sempre é algo fácil e de rápida aceitação. As pessoas não querem deixar toda sua vida ser coberta pelas águas e ir embora para outro lugar, que não é o seu e que não foi, muitas vezes, por ela escolhido. A realocação das famílias faz com que haja conflitos internos e sociais, além da perda da identidade com o lugar, atrelada ao sentimento de impotência gerado pela incapacidade de tomar qualquer atitude para evitar a destruição de seu patrimônio, não só financeiro, mas também cultural. O problema levantado para o presente trabalho supõe a destruição do imaginário coletivo sobre um lugar, de suas sensações, sentimentos e significados, que passam a existir somente na memória daqueles que o conheceram e o vivenciaram.

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Publicado

22-09-2008

Como Citar

MOURA, N. de. PERCEPÇÃO E MEMÓRIA: UMA BARRAGEM, MUITAS VIDAS, UMA HISTÓRIA. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 9, n. 27, p. 70–81, 2008. DOI: 10.14393/RCG92715638. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/15638. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos