A geografia da sala de aula
um ensaio libertário introdutório
DOI:
https://doi.org/10.14393/AM-v17n2-2020-56454Resumo
O presente esforço visa explicitar a configuração da geografia da sala de aula, tomando como base a compreensão sobre seus elementos e objetos e a lógica responsável por dar início e modelar as suas relações, além de situar tais dinâmicas dentro de um contexto espacial, o espaço escolar, e esse, por sua vez, vinculado à ideia de um espaço total. A escolarização da sociedade, baseada no axioma de que a aprendizagem é resultado do ensino e nada mais, é a motivação primeira para o encontro entre o professor e o aluno, sob a forma de uma obrigatoriedade, a lógica da obrigatoriedade, que atuará como uma espécie de estruturação compulsória no centro do sistema de ensino, originário do axioma da aprendizagem e das constantes demandas por especialização do mercado, que tornou o ensino inevitável e interminável, o que levou a uma sistematização do próprio. A partir da definição do local inicial (a sala de aula), buscou-se investigar a estrutura desse ponto geográfico, as suas interconexões com o contexto imediato (espaço escolar e sua morfologia) e com o contexto geral (Verdadeiro sistema), enquanto vínculos pertencentes a uma ideia de totalidade espacial, regida pelo modo de produção dominante. Além disso, a obra Sociedade sem escolas (1985), de Ivan Illich, serve como perspectiva libertária sobre a educação para a discussão realizada no trabalho.
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