“Lo posible dentro de lo imposible”: significados atribuidos por docentes universitarios relacionados con la enseñanza remota de emergencia
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Resumen
El estudio tuvo como objetivo comprender los significados atribuidos a la enseñanza a distancia de emergencia (EDE) por profesores universitarios. La recolección de datos utilizó cuestionarios en línea aplicados en un momento en que las instituciones de educación superior estaban debatiendo la implementación o viviendo las primeras experiencias de EDE. Utilizando núcleos de significado, el análisis buscó captar el movimiento de los docentes en relación al objeto de estudio, acercándose a las zonas de significado presentes en los relatos y revelando sus determinaciones. Se pudo notar que, en ese momento, los docentes aún no habían internalizado las formas de enseñar y evaluar el aprendizaje en el nuevo formato y, en su mayoría, atribuían una sensación de malestar a la experiencia, indicando una reducción o ausencia de uno o más condiciones para que la enseñanza y el aprendizaje sean efectivos. La única sensación de bienestar encontrada fue cuidar de la salud colectiva (la suya y la de los demás). El mayor volumen de respuestas asociaron el EDE a la pérdida de referencias; falta de preparación pedagógica; la intensificación y sobrecarga de trabajo; condiciones objetivas (sociales, tecnológicas o de acceso) inadecuadas o inexistentes, especialmente para los estudiantes; y (im)posibilidades pedagógicas, describiéndolo como un modelo que intensifica las desigualdades, lo que podría aumentar la precariedad y la evasión en la educación superior, pero, por otro lado, considerándolo el único posible alternativa para mantener los vínculos con los estudiantes. Un pequeño número de docentes sugirieron una sensación de desafío y aprendizaje, asociando los EDE con la modernización de la enseñanza y el aprendizaje de nuevas habilidades.
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