O letramento estético na tomada de consciência do camponês: uma análise a partir da teoria Histórico-Cultural
Contenido principal del artículo
Resumen
Nas escolas brasileiras muitos professores não organizam o ensino de forma que as tarefas e ações realizadas pelos estudantes os façam chegar ao pensamento teórico. Quando o professor orienta as tarefas e ações para os alunos conseguirem realizá-las, aos poucos, eles começam a ter mais autonomia para executar as atividades propostas, pois decorre do fato de terem feito, durante a realização da atividade, as operações mentais durante a aprendizagem. Apresentam-se alguns resultados de uma pesquisa mais ampla com objetivo de investigar como se forma a tomada de consciência do jovem e adulto do campo a partir de signos visuais e da escrita para compreender a sua realidade. A partir da teoria Histórico-Cultural, teve como método o Experimento Didático-Formativo. Compreende-se a partir das histórias em quadrinhos produzidas por esses camponeses, o desenvolvimento do seu pensamento na totalidade. Nesse sentido, formaram também a sua consciência do real, permitindo-os a ter maior autonomia na produção dessas histórias, enquanto meio de representação e transformação da realidade.
Descargas
Detalles del artículo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Citas
ARAÚJO, G. C. Letramento Estético na EJA e na Educação do Campo. Marília: Faculdade de Filosofia e Ciências, 2020. DOI: https://doi.org/10.36311/2020.978-65-5954-003-7
ARAÚJO, G. C. O letramento estético na consolidação dos processos de leitura e escrita de educandos jovens e adultos da Educação do Campo. 319f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, 2018.
AQUINO, O. F. O Experimento Didático-Formativo: contribuições de L. S. Vigotski, L. V. Zankov e V. V. Davídov. In: LONGAREZI, A.; PUENTES, R. V. (Orgs.). Fundamentos psicológicos e didáticos do Ensino Desenvolvimental. Uberlândia: EDUFU, 2017, p. 323-350.
AQUINO, O. F. O experimento didático-formativo: contribuições para a pesquisa em didática desenvolvimental. Uberaba: UNIUBE, 1-13, 2015.
AQUINO, O. F. Do experimento genético ao experimento formativo: contribuições de L. Vigotski e V. Davidov à pesquisa em Didática e formação de professores. In: Anais… XI CONPE. Uberlândia: UFU, 1-21, 2013.
BRASIL. Decreto n. 7352, de 4 de novembro de 2010. Dispõe sobre a política de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. Brasília: MEC, 2010.
CALDART, R. S. Educação do Campo. In: CALDART, R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G. (Orgs.). Dicionário da Educação do Campo. Rio de Janeiro; São Paulo: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2012, p. 257-267.
CALDART, R. S. A escola do campo em movimento. In: ARROYO, M. G.; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. (Orgs.). Por uma Educação do Campo. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011, p. 87-131.
DAVÍDOV, V.; SLOBODCHIKOV, V.; TSUKERMAN, G. A. O aluno das séries iniciais do ensino desenvolvimental como sujeito da Atividade de Estudo. Ensino em Revista, Uberlândia, v. 21, n. 1, p. 101-110, jan./jun., 2014.
DAVÍDOV, V. La enseñanza escolar y el desarrollo psíquico. Moscou: Editorial Progresso, 1978.
DAVÍDOV, V. Problemas do ensino desenvolvimental: a experiência da pesquisa teórica e experimental na psicologia. 1988. Disponível em: http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/5146/material/Davydov. Acesso em 7 de agosto de 2017.
DAVÍDOV, V. O problema da generalização e do conceito na teoria de Vygotsky. Palestra proferida durante o Comitê Internacional do ISCRAT (International Society for Cultural Research and Activity Theory). Tradução de José Carlos Libâneo. Studi di Psicologia dell Educazione. v. 1, 2, 3, Armando, Roma, 1997, p. 1-9.
KLEIMAN, A.; SITO, L. Multiletramentos, interdições e marginalidades. In: KLEIMAN, A.; ASSIS, J. (Orgs.). Significados e ressignificações do letramento: desdobramentos de uma perspectiva sociocultural sobre a escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2016, p. 169-198.
KLEIMAN, A. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Tradução de Célia Neves e Alderico Toríbio. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LURIA, A. A construção da mente. Tradução por Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Ícone, 1992.
MARX, K.; ENGELS, F. Sobre literatura e arte. 4. ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1974.
MOLLICA, M. C. (Org.). Letramento em EJA. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
PERES, T. C.; FREITAS, R. M. Ensino desenvolvimental: uma alternativa para a educação matemática. Poiésis, Tubarão, v. especial, p. 10-28, jan./jun. 2014. https://doi.org/10.19177/prppge.v8e0201410-28.
PUENTES, R. V. Uma nova abordagem da Teoria da Aprendizagem Desenvolvimental. Educação, Santa Maria, [S. l.], v. 44, p. 1–27, 2019. https://doi.org/10.5902/1984644437312.
PUENTES, R. V; LONGAREZI, A. M. Escola e didática desenvolvimental: seu campo conceitual na tradição da teoria histórico-cultural. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 29, n. 1, p. 247-271, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-46982013005000004.
ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
VIGOTSKI, L. Psicologia pedagógica. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
VIGOTSKI, L. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico. Tradução por Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2009.
VIGOTSKI, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Tradução por José Neto, Luís Barreto e Solange Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
VIGOTSKI, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Ridendo Castigat Mores, 2001.
VIGOTSKI, L. Obras Escogidas III. 2. ed. Madrid: Aprendizage Visor, 2000.
VIGOTSKI, L. Teoria e método em psicologia. Tradução de Claudia Berliner. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
VIGOTSKI, L. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1998.