O CIBERESPAÇO COMO PRODUTO E (RE)PRODUTOR DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
DOI:
https://doi.org/10.14393/OREG-v11-n03-2020-60750Palabras clave:
Espaço Virtual; Redes Digitais; Tecnologias da Informação; Material e Imaterial; Geografia.Resumen
Perante às mais diversas entidades organizadoras do mundo contemporâneo, como os Estados e as grandes corporações, a instrumentalização das redes nos bastidores do crescente fluxo tecnológico se dá como chave para o domínio e controle de incontáveis aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos na atualidade. O ciberespaço, enquanto produto e (re)produtor do espaço geográfico se caracteriza como um instrumento, por excelência, do poder. Mas para quais fins ele é utilizado? E quais são seus efeitos, no que diz respeito à transformação do espaço geográfico? Este artigo visou destacar o ciberespaço enquanto produto imaterial das condições materiais da realidade, capaz de reconfigurar a própria materialidade que o gerou, sob interesses específicos. Para a compreensão deste processo, em um primeiro momento objetivou-se abordar o contexto e o processo espaço-temporal da produção do ciberespaço por meio da origem e do desenvolvimento dele ao longo das últimas décadas. Em sequência, o ciberespaço foi analisado como um produto socioespacial, mas também como um (re)produtor de transformações, dinâmicas e ressignificações no/do espaço geográfico. Por fim, a discussão foi direcionada ao objetivo – urgente – de debater a vulnerabilidade social no espaço (i)material pelo processo de individualização, despersonalização e fragmentação dos indivíduos, potencializado cada vez mais pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).