Poluição atmosférica: estudo de caso do Município de São Luís do Maranhão
PDF-pt
PDF-en (English)

Palavras-chave

Partículas Totais em Suspensão
Partículas Inaláveis
Fatores Geográficos

Como Citar

PINHEIRO, J. M.; BITTAR VENTURI, L. A. .; GALVANI, E. Poluição atmosférica: estudo de caso do Município de São Luís do Maranhão. Sociedade & Natureza, [S. l.], v. 32, p. 808–819, 2020. DOI: 10.14393/SN-v32-2020-56162. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza/article/view/56162. Acesso em: 21 nov. 2024.

Resumo

As capitais brasileiras têm apresentado problemas ambientais atmosféricos de diversas ordens, repercutindo negativamente na qualidade de vida de seus habitantes. São Luís, capital do estado do Maranhão, com uma população de mais de 1 milhão de habitantes constitui um bom exemplo de capital brasileira que também convive com problemas ambientais atmosféricos. A pesquisa ao analisar a poluição atmosférica da cidade de São Luís procurou também correlacionar com seus aspectos geográficos (físicos e humanos) por entender que somente é possível compreender a complexidade do problema não se limitando apenas às suas fontes poluidoras e volumes emitidos. Os dados coletados foram obtidos de sete estações automáticas de monitoramento de qualidade do ar pertencentes à Companhia Vale S/A dentro do município de São Luís e orientados para uma análise evolutiva e integrada. Os resultados alcançados pela pesquisa indicaram que a estação EMAP, localizada na zona portuária do município, foi a única que apresentou valores que ultrapassaram os limites estabelecidos pela Lei com os seguintes valores de porcentagens para Particulados Inaláveis nos seguintes anos: em 2013 (68%); 2014 (87%); 2015 (110%) e 2016 (2%). Também foi possível identificar que entre os meses de julho a dezembro, na estação seca, foram identificados aumentos significativos dos índices de poluição atmosférica na ordem de 25,6% para Particulados Inaláveis e 35% para Particulados Totais em Suspensão. Concluímos que além das fontes poluidoras, no caso de São Luís, a pluviosidade e o vento são fatores geográficos preponderantes na determinação dos níveis de poluição na cidade.

https://doi.org/10.14393/SN-v32-2020-56162
PDF-pt
PDF-en (English)

Referências

BRASIL. CONAMA. Resolução nº 03 de 1990. Estabelece os padrões de qualidade do ar, métodos de amostragem e análise dos poluentes atmosféricos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo. Ministério do Meio Ambiente. Brasília. 22 ago 1990. Seção I. p. 15.937-15.939.

BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental, 2. ed. - São Paulo: Pearson Prentice Hall, p. 305, 2005.

DA SILVA, C. A. Estudos e técnicas de pesquisa de clima urbano como foco no subsistema físico-quimico, novos instrumentos, novas possibilidades. In: Clima e Gestão do Território. Paco Editorial, Jundiaí, p. 51 a 68, 2016. https://doi.org/10.11606/rdg.v0ispe.121848

DAVIS, M. L. CORNWELL, D. A. Introduction to environmental engineering: McGraw-Hill Companies, xvi, p.1008, 2008.

GARREAUD, D. R. RUTLLANT, J. Factores meteorologicos de la contaminación atmosferica en Santiago. In: Episodios criticos de contaminación atmosferica en Santiago. Ed. Coleccion de Química Ambiental, editorial universitária, pp 33-53, 2006.

GOUVEIA et al. Hospitalizações por causas respiratórias e cardiovasculares associadas à contaminação atmosférica no Município de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, n.12, 2669-2677, 2006. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006001200016

GUERRA, F. P.; MIRANDA, R. M. de. Influência da meteorologia na concentração do poluente atmosférico pm2,5 na RMRJ e na RMSP. Anais do II Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. IBEAS, Londrina – PR, 2011.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm> Acesso em 2016, 2017, 2018 e 2019.

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA – INMET. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/>

LOPES. J. S. L. Participação pública e controle da poluição: a ambientalização dos conflitossociais. Revista de ciências sociais, p.20-30, v.35, n. 1, 2004.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Plano Nacional de Qualidade do Ar – PNQA. Acessado em 13/02/2019. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar/plano-nacional-de-qualidade-do-ar>.

MILLER, G. T. Ciência ambiental. São Paulo: Thomson Learning, p. 123, 2007.

OKE, T. R. Air pollution in the boundary layer. In: Boundary layer climates. London, Mathuen& Co, Chap. 9, 1978.

PEITER, P.; TOBAR, C. Poluição do ar e condições de vida: uma análise geográfica de riscos à saúde em Volta Redonda. Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro. p. 473-485. 1998. https://doi.org/10.1590/S0102-311X1998000300003

PINHEIRO, J. M. Clima Urbano da Cidade de São Luís do Maranhão. 2018. 242f. Tese de doutoramento (Programa de Pós-Graduação em Geografia Física) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

PINHEIRO, J.M.; GALVANI, E. Caracterização da direção e velocidade do vento na cidade de São Luís – MA. In: Galvani, E.; GOBO, J.P.A.; LIMA, N. G.B. Climatologia Aplicada II. Curitiba, Ed. CRV, 2018, p. 95-113.

SANTOS, V. A. A qualidade do ar de Dourados (MS): uma contribuição aos estudos de clima urbano com foco no subsistema físico-quimico. In: Clima e Gestão do Território. Paco Editorial, Jundiaí, p. 343 a 371, 2016.

SILVA, Q. D. Mapeamento Geomorfológico da Ilha do Maranhão. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2012.

UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY – USGS. Disponível em: https://earthexplorer.usgs.gov/ Acesso em mar/2019.

TIAN, L.; HOU, W.; CHEN, J.; CHEN, C.; PAN, X. Spatiotemporal Changes in PM2.5 and Their Relationships with Land-Use and People in Hangzhou. Int. J. Environ. Res. Public Health, 15, 2192, 2018. https://doi.org/10.3390/ijerph15102192

ZHENG, S.; ZHOU, X.; SINGH, R.P.; WU, Y.; YE, Y.; WU, C. The Spatiotemporal Distribution of Air Pollutants and Their Relationship with Land-Use Patterns in Hangzhou City, China. Atmosphere, p8-110, 2017. https://doi.org/10.3390/atmos8060110

Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem em revista de acesso público, os artigos são licenciados sob Creative Commons Attribution (BY), que permite o uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado.

 
 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...