Resumo
Este artigo examina as perdas simbólicas e a desterritorialização de populações tradicionais atingidas pela construção da usina hidroelétrica de Estreito, no médio rio Tocantins, entre Maranhão e Tocantins. O texto mostra as consequências do deslocamento, forçado por obras de barragens, para uma parcela da população, sobretudo idosos, quanto à perda da relação com o rio. Os sentimentos de apego ao lugar — a topofilia — e as perdas simbólicas apreendidas do testemunho de ribeirinhos, pescadores e extrativistas antigos na região deixam entrever um impacto profundo na vida das pessoas que perderam o contato com a natureza e seu entorno. Por fim, o trabalho enfoca a problemática da compensação ambiental como perspectiva de mitigar a violência psicossocial decorrente do deslocamento forçado para populações tradicionais remanejadas em assentamentos rurais
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