Resumo
A modernização da agricultura trouxe avanços tecnológicos que possibilitaram que novas terras fossem incorporadas ao sistema produtivo. Goiás, devido seus atributos edafoclimáticos e geomorfológicos, se tornou alvo da expansão da fronteira agrícola no século passado, sobretudo sua região sul, que assumiu rapidamente o agronegócio, destacando-se no cenário nacional e internacional. Porém, esse modelo não alterou substancialmente a estrutura fundiária anterior, ao contrário, acentuou-a. Formou-se assim um sul altamente produtivo e competitivo, onde as condições do meio físico eram mais aptas à agricultura, em particular da soja, enquanto o nordeste, com terras menos aptas voltou-se à pecuária extensiva. Não obstante, políticas públicas implantaram assentamentos rurais em ambas as regiões, os quais apresentam diferenças quanto às dimensões, atividades e desempenho. O objetivo da pesquisa foi caracterizar o meio físico dos assentamentos das duas regiões, visando entender sua influência na situação de ambos. A partir da elaboração de cartogramas contatou-se que os assentamentos do sul são menores e estão em menor numero, mas locados sobre relevos aplainados, onde predominam latossolos que apresentam boa aptidão agrícola. Já os assentamentos do nordeste goiano são maiores, ocorrem em maior número, mas se localizam em terrenos movimentados com solos rasos e de baixa aptidão agrícola, favorecendo a pecuária bovina, subsistência e extração vegetal.
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