Entre duas infinidades: Considerações sobre o tempo profundo
Imagem da capa baseada em trabalho de Nivalda Assunção, "Matéria Exposta: Fruta Musa", ensaio visual (2025) publicado neste dossiê.
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Palavras-chave

Fotografia
paisagem
escala humana
tempo profundo

Como Citar

Entre duas infinidades: Considerações sobre o tempo profundo. (2025). Revista Estado Da Arte, 6(1). https://doi.org/10.14393/EdA-v6-n1-2025-76199
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Resumo

Dividido em duas partes, o presente artigo busca refletir, a partir da imagem fotográfica, sobre a exiguidade da presença humana frente à escala temporal da Terra – ou seja, aquilo que em geologia se denomina tempo profundo. Na parte inicial do texto, apresento um relato em primeira pessoa acerca da concepção e produção da obra Escala, uma fotografia de grandes dimensões realizada no interior do cânion Itaimbezinho, na região dos Aparados da Serra. No segundo segmento, examino um tipo muito específico de imagem que serviu como referência para a concepção de Escala: fotografias de paisagem do século XIX que fazem uso da figura humana como parâmetro de mensuração do espaço natural e seus elementos.

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