Resumo
O pensamento circular de Nego Bispo, "início, meio e início", é fundamental para compreender as reverberações de 2013 nas favelas do Complexo do Alemão a partir de ações estético-políticas de um movimento quilombista jovem que nos últimos 10 anos criou uma escola comunitária, autônoma, matricentrada e que reflete-agindo cotidianamente sobre contra-poder, autodefesa, arte, educação e contracolonização.
Referências
DE MAIO, Coletivo. O que é uma ação estético-política (um contramanifesto)? In Revista Vazantes, n.1, 2017.
ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, Elisa (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro. 2009. p. 93-110.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs. v. 1. São Paulo: 34, 1995.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vagalumes. Belo Horizonte: UFMG, 2011
DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM, 2012a.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 48 – 74.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Bahia: SciELO- EDUFBA, 2008.
GODARD, Hubert. Olhar Cego: entrevista com Hubert Godard, por Suely ROLNIK. In: ROLNIK, Suely; DISERENS, Corinne; SCOVINO, Felipe ( org.). Lygia Clark: da obra ao acontecimento. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2006. p. 73-79.
MARTINS, Leda Maria. Performances do Tempo Espiralar, poéticas do corpo-tela/ 1a edição . Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.
MBEMBE, Achille. Ensaio: Necropolítca. Arte&Ensaio: revista PPGAV/EBA – UFRJ, Rio de Janeiro, n. 32, 2016. p 122-151.
MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017. MONDZAIN, Marie José. Homo spectator. Paris: Bayard, 2007.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo. 2ª ed. Brasília/Rio de Janeiro: Fundação Palmares/ OR Editor Produtor Editor, 2002. p 272
NASCIMENTO, Abdias. Quilombismo: um conceito emergente do processo histórico-cultural da população afrobrasileira. In: NASCIMENTO, Elisa (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009. p. 197-218.
NASCIMENTO, Beatriz. Beatriz Nascimento Quilombola e Intelectual: Possibilidades nos dias da destruição. Coletânea organizada e editada pela UCPA (União dos Coletivos Pan-Africanistas) Editora Filhos da África, 1ª ed. 2018.
NASCIMENTO, Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. Revista Afrodiáspora, n. 6-7, 1985. p. 41-49
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series. Volume 1, Dakar, CODESRIA, 2004, p. 1-8
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Laços familiares/ligações conceituais: notas africanas sobre Epistemologias feministas. Family bonds/Conceptual Binds: African notes on Feminist Epistemologies. Signs, Vol. 25, No. 4, Feminisms at a Millennium (Summer, 2000), pp. 1093-109
PALMIÉRI, C. (2002). Compte rendu de [Jacques Rancière: “Le partage du sensible”]. ETC, (59), 34-40
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2000.
RANCIÈRE, J. O desentendimento: Política e filosofia, 1996.
SANTOS, Antonio Bispo dos. Colonização, Quilombos: Modos e Significações. Brasília, Associação de Ciências e Saberes para o Etnodesenvolvimento AYÓ. 2019. 2ª edição.
VASCONCELLOS, Jorge. A Lança e o Arco, ou Por um devir-quilombista da arte. Farol, [S. l.], v. 17, n. 24, p. 39–44, 2021.