Resumo
O que produzem os habitantes da maior ocupação artística da America Latina? A proposição de outros sistemas de subsistência e organização pode levar à prática de uma dimensão poética no dia a dia da metrópole? Os artistas que habitam no edifício ocupado da rua Ouvidor 63, no centro de São Paulo, parecem responder a estas perguntas a cada dia e de formas diferentes. Neste ensaio híbrido alternam-se imagens da fotógrafa Rose Steinmetz - que desde 2016 registra o cotidiano dos ocupantes do edifício na rua Ouvidor 63 -, um recorte da 3a Bienal de Artes da Ouvidor (de tema “A cisterna contém: a fonte transborda”) e outros trabalhos dos artistas que lá vivem, em diversos meios como pintura, fotografia digital, instalação, objetos, colagem, moda e performance. A ideia é dar forma tangível à relação entre a experiência de viver e ver a cidade a partir dos 13 andares da Ouvidor 63, desde um território que entende vida, arte e cotidiano como formas de resistência na cidade de São Paulo.