Resumo
A edição do livro “Bestiário” de Gabriel Soares de Sousa, da coleção dos Cem Bibliófilos do Brasil, possui características únicas. Mesmo se comparada aos demais títulos da coleção. Três são as figuras aqui analisadas, como forma de apresentar contexto e singularidade na produção deste objeto, e todas seguem intercalando camadas de temporalidade e significados. O Viajante, que carrega consigo um Imaginário, e pela narrativa escrita, molda um cenário de Brasil selvagem e bestas ferozes; o Gravador, que esclarece o texto, pela sua ilustração, mas criando uma narrativa imagética própria; e há a preguiça, um dos muitos sujeitos de curiosidade dentro desta obra, pensada e elaborada pelas mentes que se expressam nesse contexto descrito e imagético, como algo único. A representação animal do assombroso, estranho e desconhecido destes novos territórios. Ela é a lupa pela qual se observa o papel de todos os atores em jogo, Viajante, Artista e Narrativa.