PARA ALÉM DA PERSPECTIVA RESIDENCIAL: A CONSTRUÇÃO DE ÍNDICES DE SEGREGAÇÃO DOS ESPAÇOS DE ATIVIDADES
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Abstract
Devido aos inúmeros prejuízos que acarreta à população, o fenômeno da segregação tem se constituído objeto de interesse de vários campos das ciências sociais, estando comumente associado a diversos adjetivos depen-dendo da visão teórica adotada para explicá-lo, como social, étnico, urbana, socioeconômica, entre outros. No entanto, a maioria dos trabalhos sobre o fenômeno adotam uma perspectiva residencial para sua avaliação, fato esse que vem sendo criticado em alguns estudos sobre o tema. Estas críticas baseiam-se no argumento de que a perspectiva residencial reflete apenas uma faceta das múltiplas experiências de um indivíduo, ignoran-do as experiências individuais de segregação em outros espaços sociogeográficos. Sob este contexto, o pre-sente trabalho utiliza o conceito de espaços de atividades para a avaliação da segregação, aqui compreendido como o subconjunto dos locais que um indivíduo tem contato direto ao realizar suas atividades do dia-a-dia. Para tanto, foram propostas novas métricas de segregação dos espaços de atividades que são capazes de cap-tar a dimensão do fenômeno para além do espaço residencial, considerando também como os grupos sociais frequentam os diferentes territórios da cidade em suas atividades cotidianas. As métricas de segregação foram aplicadas para avaliar a segregação sob as perspectivas das atividades residenciais e de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo. Os resultados mostram que, em comparação à segregação residencial, a segrega-ção vista a partir dos espaços de atividades revela padrões menos acentuados de isolamento dos grupos soci-ais em algumas regiões da metrópole, em particular naquelas onde residem grupos de alta renda.
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