Análise dos Processos de Desmatamento e Regeneração nas Unidades de Conservação Pertencentes no Vale do Ribeira (SP/PR) por Meio de Classificações de Imagens de Sensoriamento Remoto
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Resumo
O Vale do Ribeira, situado entre dois importantes estados do Brasil: São Paulo e Paraná, detém cerca de 80% dos remanescentes contínuos de Mata Atlântica. Diversos fatores físicos e históricos permitiram a conservação desses remanescentes na região. Destacam-se entre eles a topografia, baixa fertilidade dos solos e o regime hídrico como substanciais para preservação da vegetação natural, além da criação de Unidades de Conservação (UCs). Entretanto, estudos têm apontado históricos de desmatamento em tais áreas. Em reconhecimento à importância de relacionar os processos responsáveis pelas mudanças do uso da terra, utilizam-se técnicas de sensoriamento remoto no intuito de investigar a associação de mudanças à cobertura florestal. Este trabalho teve como objetivo identificar e mapear as áreas de regeneração e desmatamento nos limites das UCs do Vale do Ribeira (SP/PR) em uma série temporal de 1985 a 2017, comparando os resultados em relação à toda região. Considerando-se a distribuição das coberturas florestais dentro das UCs, a regeneração florestal representou cerca de 30% do ganho líquido florestal total, enquanto o processo de desmatamento foi em torno de 22%. Com exceção de APA Quilombos do Médio Ribeira, APA Serra do Mar, PE do Turvo e RDS Barreiro Anhemas, as UCs apresentaram aproximadamente desmatamento zero. Por outro lado, foram nessas mesmas áreas em que se calcularam os maiores ganhos florestais por regeneração. Conclui-se que a criação das UCs é sim importante para o decréscimo das taxas de desmatamento e favorecimento da preservação florestal do bioma, aliada às operações de fiscalização.
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