Agroecologia como estratégia política, produtiva e ambiental para a defesa de uma reforma agrária popular

Autores

  • Rafael Pereira Silva Universidade Federal de Uberlândia
  • José Rubens Laureano da Conceição Cooperativa de Economia Popular Solidária da Agricultura Familiar, Reflorestamento e Agroecologia
  • Cristiane Betanho Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-2020-54361

Palavras-chave:

Agroecologia, Reforma Agrária Popular, Reconhecimento social

Resumo

Pode o movimento e a prática agroecológica se apresentar como um projeto de desenvolvimento, como estratégia política, produtiva e ambiental que, ao mesmo tempo, se contraponha à destruição ambiental e social promovida pelo latifúndio e evidencie a importância de uma reforma agrária popular? Para refletir sobre essa questão, foi proposta uma Roda de Conversa durante a V Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA), que aconteceu entre 8 e 10 de maio de 2019, na Universidade Federal de Uberlândia. Os participantes entenderam que a agroecologia, ao se contrapor ao modelo vigente, supera a ideia de ser somente uma alternativa para produzir alimentos, e busca a transformação da sociedade de forma a garantir melhores condições de vida às pessoas do campo e da cidade. Nesse processo, a reforma agrária pode ser conhecida pelo seu real lado, a partir do reconhecimento dos trabalhadores que lutam pelo direito a terra, por um meio ambiente preservado e relações sociais justas para todos, sem as mistificações da mídia hegemônica.

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Biografia do Autor

  • Rafael Pereira Silva, Universidade Federal de Uberlândia

    Graduando em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; bolsista do Centro de Incubação de Empreendimentos Populares Solidários (Cieps/PROEXC/UFU). 

  • José Rubens Laureano da Conceição, Cooperativa de Economia Popular Solidária da Agricultura Familiar, Reflorestamento e Agroecologia

    Morador do Assentamento Celso Lúcio Moreira da Silva (Comunidade Carinhosa); membro da Cooperativa de Economia Popular Solidária da Agricultura Familiar, Reflorestamento e Agroecologia (COOPERSAFRA), incubada no Centro de Incubação de Empreendimentos Populares Solidários (Cieps/PROEXC/UFU).

  • Cristiane Betanho, Universidade Federal de Uberlândia

    Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, Brasil; professora associada da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; coordenadora do Centro de Incubação de Empreendimentos Populares Solidários (Cieps/PROEXC/UFU).

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Publicado

01-05-2020

Como Citar

SILVA, Rafael Pereira; CONCEIÇÃO, José Rubens Laureano da; BETANHO, Cristiane. Agroecologia como estratégia política, produtiva e ambiental para a defesa de uma reforma agrária popular. Revista Em Extensão, Uberlândia, p. 4–11, 2020. DOI: 10.14393/REE-2020-54361. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/54361. Acesso em: 22 abr. 2025.