Extensão em Paulo Freire e exigências da atualidade nos setores populares
diálogos inter contextos entre campo e cidade
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2021-62338Palavras-chave:
Extensão universitária, Paulo Freire, Educação Popular, Descolonização, Classes popularesResumo
O texto tem como objetivo situar as experiências de extensão universitária que se realizam pela dimensão do Popular, na Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Projeto Universidade Popular –; e na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Projeto Corpo de Assessoria Jurídica Popular (Coraje) –, inspirados na concepção de extensão, de Paulo Freire, que reconhece as classes populares na atualização da produção do conhecimento referenciado pelo diálogo entre saberes populares e científicos, como matriz de descolonização da extensão universitária, e na democratização da educação. A discussão encontra embasamento metodológico na pesquisa participante, de abordagem qualitativa, considerando dados documentais e experienciais das pessoas participantes de ações de extensão universitária. O método dialético orienta a análise dos dados. No suporte teórico estão, dentre outros, Freire (1983), Lyra (1996), Gadotti, (2013) e Melo (2014). Os resultados apontam que as experiências da Universidade Popular e do Coraje, como projetos de extensão, atualizam a natureza científica da universidade quanto ao seu caráter indissociável da dimensão sociopolítica da sociedade e da relação entre conhecimento científico e popular; reafirma os territórios das classes populares como base de atualização do compromisso da universidade, com a garantia dos direitos dos oprimidos do campo e da cidade como sujeitos participantes de uma ciência própria.
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