Mindfulness na atenção primária à saúde
autonomia do enfermeiro na perspectiva de Paulo Freire
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2024-70737Palabras clave:
Enfermeiros, Meditação, Atenção Plena, Autonomia Profissional, Atenção Primária à SaúdeResumen
Este estudo buscou compreender como a meditação da atenção plena – mindfulness – promove a autonomia do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde, à luz da teoria de Paulo Freire. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, participante, realizada com 16 enfermeiras, por meio de entrevista aberta em profundidade, entre setembro e dezembro de 2020, e uma análise de conteúdo temática. Como resultado, constatamos que a autonomia profissional do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde encontra-se em processo de evolução e consolidação. A formação, a busca por conhecimento, os protocolos de enfermagem e as experiências somam forças para nutrir o papel dessa categoria. Refletiu-se sobre a operacionalização da meditação no trabalho, que é possível introduzir nas prescrições de cuidado do enfermeiro, em âmbito individual e coletivo. Concluiu-se que a autonomia do enfermeiro é conquistada por diferentes frentes de atuação e que a meditação constitui um caminho com potencial para promover a autonomia profissional e o cuidado integral.
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