Os sentidos e os significados do cursinho popular
história de vida
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v16n32017-art09Palabras clave:
Cursinho popular, Emancipação, História de VidaResumen
Neste estudo, objetivou-se compreender como se constituem os significados e sentidos no cursinho popular. A pesquisa foi realizada com uma ex aluna, atual professora e coordenadora de um cursinho popular da Rede Emancipa na Zona Sul de São Paulo. Este estudo qualitativo utilizou-se de duas estratégias metodológicas: história de vida e núcleos de significação, com referencial teórico pautado na psicologia histórico-cultural. O método história de vida possibilitou a ressignificação do que foi narrado por parte da entrevistada, conferindo novo significado ao vivido. A construção dos núcleos de significação foi realizada por meio das etapas pré-indicadores e indicadores, o que possibilitou a aproximação do sentido e significado. A análise demonstra que o cursinho popular tem como zona mais estável de significado e sentido a emancipação dos envolvidos. A elucidação do significado e sentido no cursinho nos possibilita a reflexão de seu efeito na potencialização das aprovações dos alunos no vestibular e também aponta um caminho, diferente do que é praticado hoje, para a educação pública do país.
Descargas
Citas
AGUIAR, W. M. J.; OZELLA, S. Apreensão dos sentidos: aprimorando a proposta dos núcleos de significação. Rev. Bras. Estud. Pedagógicos, Brasília, v. 94, n. 236, p. 299-322, dez. 2013. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S2176-66812013000100015.
______. Núcleos de significação como instrumento para apreensão da constituição dos sentidos. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 26. n. 2, p. 222-245, jun. 2006. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932006000200006.
AGUIAR, W. M. J.; OZELLA, S.; MACHADO, V. C. Núcleos de significação: uma proposta histórico-dialética de apreensão das significações. Cad. Pesquisa [online], São Paulo, v. 45, n. 155, p. 56-75, mar. 2015. doi: http://dx.doi.org/10.1590/198053142818.
ASBAHR, F. S. F. Sentido pessoal, significado social e atividade de estudo: uma revisão teórica. Psicol. Esc. Educ., v. 18, n. 2, p. 265-272, maio-ago. 2014. doi: http://dx.doi.org/10.1590/ 2175-3539/2014/0182744.
______. Sentido pessoal e projeto político pedagógico: análise da atividade pedagógica a partir da psicologia histórico cultural. 2005. 199 f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. doi: 10.11606/D.47.2005.tde-24112005-195626.
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. São Paulo: Porto Editora, 1991. 336 p.
BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. 219 p.
CALDAS, R. F. L. Recuperação escolar: discurso oficial e cotidiano educacional um estudo a partir da psicologia escolar. 2010. 264 f. Tese (Doutorado) Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. doi: 10.11606/T.47.2010.tde-15042010-150817.
CASTRO, C. A. Movimento socioespacial de cursinhos alternativos e populares: a luta pelo acesso à universidade no contexto do direito à cidade. 2011. 303 f. Tese (Doutorado) Instituto de Geociência, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2011.
CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 2001. 119 p.
______. Homenagem a Ecléa Bosi. Psicol. USP, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 15-24, mar. 2008. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/41945/45613>. Acesso em 15 fev. 2017.
D’AVILA, G. T. Acesso ao ensino superior e o projeto de “ser alguém” para vestibulandos de um cursinho popular. Psicol. Soc. [online], Belo Horizonte, v. 23, n. 2, p. 350-358, ago. 2011. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-71822011000200016.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. 213 p.
______. Educação bancária e educação libertadora. In: PATTO, M. H. S. Introdução à Psicologia Escolar. 3. ed. São Paulo: T. A. Queiroz, 1997. p. 54-70.
GUIMARÃES, S. Como se faz a indústria do vestibular. São Paulo: Vozes 1984. 78 p.
LEONTIEV, A. Actividad conciencia personalidad. Ciudad de la Habana: Pueblo e Educación, 1981. 183 p.
MEIRA, E. M.; FACCI, M. G. D. (Orgs.). Psicologia histórico-cultural: contribuições para o encontro entre a subjetividade e a educação. São Paulo: Casa Psicólogo, 2007. 248 p.
SAMPAIO, B. et al, Desempenho no vestibular, background familiar e evasão: evidências da UFPE. Econ. Apl., Ribeirão Preto, v. 15, n. 2, p. 287-309, jun. 2011. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-80502011000200006.
SANTOS, I. M. M.; SANTOS, R. S. A etapa de análise no método história de vida: uma experiência de pesquisadores de enfermagem. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 714-719 dez. 2008. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072008000400012.
SILVA, A. P. et al, “Conte-me sua história”: reflexões sobre o método de história de vida. Mosaico: Estudos em Psicologia, v. 1, n.1, p. 25-35, out. 2007. Disponível em: <https://seer.ufmg.br/index.php/mosaico/article/view/4344/3154>. Acesso em: 10 fev. 2017.
VYGOTSKY, L. S. El problema del entorno. In: Fundamentos de la podología: IV Conferencia publicada. Leningrado: Izdanic Instituto, 1935.
______. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 392 p.
WHITAKER, D. C. A. Da “invenção” do vestibular aos cursinhos populares: um desafio para a orientação profissional. Rev. Bras. Orientac. Prof., São Paulo, v. 11, n. 2, p. 289-297, dez. 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1679-33902010000200013&script=sci_abstract>. Acesso em: 10 mar. 2017.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Derik Neves Vieira, Roseli Fernandes Lins Caldas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.