Menos profissionais, mais sujeitos formação para a educação popular no Sistema Único de Saúde (SUS)
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep_v16n22017_art02Palabras clave:
Educação Popular, Educação em Saúde, Educação Profissional em Saúde Pública, Profissional de Saúde, TrabalhoResumen
As dinâmicas sociais atuais demandam pela emergência de um novo paradigma de atuação em saúde, o qual deve revisitar suas concepções fundamentais - as noções de ser humano, saúde e educação - a fim de superar dificuldades existentes no momento presente e traçar novos caminhos. Para isso, é necessário que os envolvidos nesse processo (docentes, discentes e profissionais) abandonem velhos hábitos, pautados na concepção de saúde como ato exclusivo e autoritário das categorias profissionais, com o intuito de recriar as práticas formativas e os modelos de atuação, tornando-se sujeitos implicados em uma postura dialógica, colaborativa, inclusiva e horizontal capaz de interessar-se pelas pessoas e por suas realidades e saberes. Afinal, somente a partir de uma mudança profunda nos aspectos basilares das práticas de formação e atuação em saúde será possível superar as lacunas presentes nos dispositivos de atenção do SUS (Sistema Único de Saúde) rumo à educação popular em saúde e ao exercício dialógico, o qual se apresenta como instrumento imprescindível para a transformação concreta desta realidade.
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