Extensão universitária e educação popular
saberes em luta na Amazônia maranhense
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2025-77426Palavras-chave:
Extensão universitária, Escola de Educação Popular, Sistematização de experiências, Conflitos socioambientais e territoriais, Corredor CarajásResumo
As experiências do projeto de extensão “Escola de Educação Popular no Corredor Carajás: Cidadania, Direitos Humanos e Direitos da Natureza” permitem refletir acerca dos processos formativos que envolvem jovens expostos às situações de conflitos territoriais e ambientais em locais afetados por empreendimentos desenvolvimentistas do Corredor Carajás, na Amazônia maranhense, além de contribuir para pensar a educação popular nesses contextos. Logo, o objetivo deste artigo é refletir sobre a educação popular, bem como caminhos e escutas, fortalezas e desafios, a partir de encontros, experiências dos territórios e esforços de jovens por sentir, compreender e agir diante dos conflitos. A elaboração do artigo está fundamentada no acompanhamento direto dos processos de preparação e execução dos processos formativos, do exame do material pedagógico, dos relatos produzidos a cada encontro, além de relatórios gerais feitos pela equipe. A Escola de Educação Popular é concebida como um espaço de fortalecimento da pluralidade de vozes que emergem dos conflitos, da preservação das memórias de luta, do compartilhamento de experiências e da socialização de pesquisas e investigações em temáticas afins, bem como da construção de saberes partilhados que sustentam outras formas de pensar e viver.
Downloads
Referências
ACSELRAD, H. Conflitos ambientais – a atualidade do objeto. In: ACSELRAD, H. (org.). Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Fundação Heinrich Böll, 2004. p. 8-12. Disponível em: https://conflitosambientais.org/wp-content/uploads/2023/06/Conflitos-Ambientais-no-Brasil-Acselrad-Henri.pdf. Acesso em: 3 dez. 2025.
ALMEIDA, E. R. M. “Nos tempos da CVRD... eu vi índio carregando saco de dinheiro”. Memórias Tentehar sobre o Projeto Grande Carajás e relações interétnicas atuais. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL CARAJÁS 30 ANOS, 1., 2014, São Luís. Anais [...]. São Luís: Edufma, 2014. p. 852-862.
ARAUJO, H. F. A.; NOVAES, J. S. Conflitos socioambientais na Amazônia: projetos de infraestrutura e agroindustriais e ações coletivas de povos e comunidades tradicionais. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL CARAJÁS 30 ANOS, 1., 2014, São Luís. Anais [...]. São Luís: Edufma, 2014. p. 527-539.
BRANDÃO, C. R. O que é educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1983.
BRUSTOLIN, C.; SANT'ANA JÚNIOR, H. A. Seu Justo, um lavrador do “tempo maior da grilagem” à luta quilombola. GeoUECE, Fortaleza, v. 13, n. 25, p. e12792, 2024. DOI 10.52521/geouece.v13i25.12792. Acesso em: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12792. Acesso em: 3 dez. 2025.
BUNKER, S. G. Underdeveloping the Amazon: extraction, unequal exchange, and the failure of the Modern State. Chicago: University of Chicago Press, 1988.
CARDOSO, F. H.; MÜLLER, G. Amazônia: expansão do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1977.
CASTRO, R. A. Desenvolvimento regional no PGC atual: commodities, desindustrialização e repercussões socioambientais. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL CARAJÁS 30 ANOS, 1., 2014, São Luís. Anais [...]. São Luís: EDUFMA, 2014. p. 954-965. Disponível em: https://ptdocz.com/doc/874547/anais-do---semin%C3%A1rio-internacional-caraj%C3%A1s-30-anos. Acesso em: 18 dez. 2025.
CPT. COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. 1985: conflitos de terra no Brasil. Goiânia: CPT, 1985. Disponível em: https://cptnacional.org.br/wp-content/uploads/2025/03/conflitos-no-campo-brasil-1985.pdf. Acesso em: 18 dez. 2025.
ESCOBAR, A. La invención del tercer mundo: construcción y desconstrucción del desarollo. Caracas: Fundación editorial el perro y la rana, 2007.
FLEURY, L. C.; BARBOSA, R. S.; SANT'ANA JÚNIOR, H. A. Sociologia dos conflitos ambientais: desafios epistemológicos, avanços e perspectivas. Revista Brasileira de Sociologia, Porto Alegre, v. 5, n. 11, p. 219-253, set.-dez. 2017. DOI 10.20336/rbs.227. Disponível em: https://rbs.sbsociologia.com.br/rbs/article/view/328. Acesso em: 3 dez. 2025.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1967.
JNT; GEDMMA. JUSTIÇA NOS TRILHOS; GRUPO DE ESTUDOS: DESENVOLVIMENTO, MODERNIDADE E MEIO AMBIENTE. Trocar saberes, fortalecer a luta: a experiência da Escola de Formação Política com jovens de comunidades afetadas pela indústria extrativa no Corredor Carajás, Maranhão. São Luís: JnT; Gedmma, 2021. Disponível em: https://justicanostrilhos.org/wp-content/uploads/2022/08/Cartilha-Formacao-politica-JnT-Trocar-saberes-fortalecer-a-luta-2021-final-1.pdf. Acesso em: 3 dez. 2025.
PNUD. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório especial 2023: 25 anos: desenvolvimento humano no Brasil: construir caminhos, pactuando novos horizontes. Brasília: PNUD, 2024. Disponível em: https://www.undp.org/pt/brazil/publications/relatorio-especial-2023-25-anos-desenvolvimento-humano-no-brasil. Acesso em: 3 dez. 2025.
REIS, W. S. A dinâmica urbana e regional da Amazônia Oriental: uma análise a partir das implicações socioespaciais da atividade siderúrgica na cidade de Açailândia – MA. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL CARAJÁS 30 ANOS, 1., 2014, São Luís. Anais [...]. São Luís: EDUFMA, 2014. p. 692-709.
SANT’ANA JÚNIOR, H. A. Florestania: a saga acreana e os povos da floresta. Rio Branco: Edufac, 2004.
SANT'ANA JÚNIOR, H. A.; CARDOSO, R. M. O Programa Grande Carajás, seu sistema mina-ferrovia-porto e lutas territoriais no Maranhão – Amazônia Oriental – Brasil. In: SANDOVAL, J. M. et al. (org.). Espacios globales para la expansión del capital transnacional en el continente americano. Buenos Aires: Clacso; Puebla: Benemérita Universidad Autónoma de Puebla, 2020. p. 185-219. Disponível em: https://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/gt/20210624124528/Espacios-globales.pdf. Acesso em: 3 dez. 2025.
SANTOS, A. B. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu, 2023.
SANTOS, L. P.; SILVA, M. N. Trocar saberes, fortalecer a luta: a experiência da Escola de Formação Política com jovens de comunidades afetadas pela indústria extrativa no Corredor Carajás, Maranhão: 2019-2021. São Luís: JnT; Gedmma, 2021.
SVAMPA, M. As fronteiras do neoextrativismo na América Latina: conflitos socioambientais, giro ecoterritorial e novas dependências. São Paulo: Elefante, 2019.
WALSH, C. Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Quito: Abya-Yala, 2013.
ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K.; PEREIRA, D. B. Introdução: desenvolvimento, sustentabilidade e conflitos socioambientais. In: ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K.; PEREIRA, D. B. (org.). A insustentável leveza da política ambiental: desenvolvimento e conflitos socioambientais. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 11-24. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/75256090/A-Insustentavel-Leveza-Da-Politica-Ambiental-Introducao. Acesso em: 3 dez. 2025.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Cíndia Brustolin, Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
