Educação do Campo e Educação Popular
pontes decoloniais para o ensino de música no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2025-74038Palavras-chave:
Colonialidade, Cultura afro-indígena, Educação do Campo, Ensino de música, Cultura popularResumo
Este texto propõe discutir de que maneira as “circularidades sagradas”, presentes na Educação do Campo e na Educação Popular, permitem trazer de volta e proteger as musicalidades encontradas em comunidades tradicionais, como nas religiões de matriz africana, entre outras. Por meio do diálogo com teóricos que versam acerca da afrocentricidade e da história da civilização humana, são entrecruzadas algumas questões alcançadas em entrevistas realizadas com músicos de diferentes países. São tecidas reflexões acerca dos aspectos da opressão epistemológica ocidental frente aos diversos saberes presentes no ensino de música no Brasil. O estudo corrobora que a Educação Popular e a Educação do Campo acolhem a concepção de “pedagogias outras” para o ensino de música, valorizando todos os sujeitos sociais nesse processo e concebendo o espaço da educação enquanto um lugar de afeto, alegria e amorosidade.
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