Percepção de profissionais da saúde mental sobre a Rede de Atenção Psicossocial em Iguatu, Ceará

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REP-2022-62966

Palavras-chave:

Saúde mental, Rede de Atenção Psicossocial, Residência Multiprofissional, Pesquisa Qualitativa

Resumo

Na década de 1980, com o Movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciou-se o debate sobre novos paradigmas de cuidado em saúde mental. O presente artigo, que foi elaborado para a conclusão da especialização em Saúde Mental Coletiva, na forma de Residência Multiprofissional em Saúde, pela Escola de Saúde Pública do Ceará, teve como objetivo compreender a concepção dos profissionais do Centro de Atenção Psicossocial de um município do interior do estado do Ceará sobre a oferta de serviços preconizada pela Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas. Como critério metodológico, utilizou-se a metodologia qualitativa de pesquisa, recorrendo-se às entrevistas semiestruturadas com profissionais da Rede de Atenção Psicossocial do município de Iguatu, Ceará, para contemplar o enfoque do trabalho. Para análise das entrevistas, contou-se com o referencial teórico de pesquisadores do campo da Saúde Mental. Ao final do estudo, percebeu-se que muito se avançou e muito ainda há para caminhar na Política de Saúde Mental do município. Para tanto, os profissionais, mergulhados na extensa demanda que chega aos Centro de Atenção Psicossocial, precisariam se organizar, perceber que fazem ou acabam reforçando práticas que não convêm com o que pregam os princípios de emancipação e liberdade dos usuários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raissa Araujo de Sousa Rodrigues, Escola de Saúde Publica do Ceará

Graduada em Serviço Social pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Brasil.

Jordan Prazeres Freitas da Silva, Escola de Saúde Pública do Ceará

Doutorando em Saúde Pública na Universidade Federal do Ceará, Brasil; assessor educacional da Gerência de Pós-Graduação em Saúde da Escola da Saúde Pública do Ceará, Brasil; professor adjunto do curso de Psicologia do Centro Universitário Maurício de Nassau e do Centro Universitário Ateneu, Ceará, Brasil. 

Referências

ALMEIDA, J. M. C. Política de saúde mental no Brasil: o que está em jogo nas mudanças em curso. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 35, n. 11, p. 1-6, 2019. Doi: 10.1590/0102-311X00129519. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/KMwv8DrW37NzpmvL4WkHcdC/?lang=pt. Acesso em: 20 nov. 2021.

ALVARENGA, A. R.; DIMESTEIN, M. A reforma psiquiátrica e os desafios na desinstitucionalização da loucura. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 10, n. 20, p. 299-316, 2006. Doi: 10.1590/S1414-32832006000200003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/8ZjNQ6LKhtkhM4FtLXnXVbT/?lang=pt. Acesso em: 20 nov. 2021.

BICHAFF, R. O trabalho nos centros de atenção psicossocial: uma reflexão crítica das práticas e suas contribuições para a consolidação da Reforma Psiquiátrica. 2006. 217 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7134/tde-17102006-121439/publico/Regina_Bichaff.pdf. Acesso em: 20 nov. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral de Saúde Mental. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas. Brasília, DF, 2005. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020.

BRAVO, M. I. S.; PELAEZ, E. J.; PINHEIRO, W. N. As contrarreformas na política de saúde do governo Temer. Argumentum, Vitória, v. 10, n. 1, p. 9-23, jan./abr. 2018. Doi: 10.18315/argumentum.v10i1.19139. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/19139. Acesso em: 18 jan. 2020.

DELGADO, P. G. Reforma psiquiátrica: estratégias para resistir ao desmonte. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 1-4, maio 2019. Doi: 10.1590/1981-7746-sol00212. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tes/a/zV7FgHGZww6WWRfgsDK7bkn/?lang=pt. Acesso em: 18 jan. 2020.

DEVERA, D.; ROSA, A. C. Marcos históricos da reforma psiquiátrica brasileira: transformações na legislação, na ideologia e na práxis. Revista de Psicologia da Unesp, Assis, v. 6, n. 1, p. 60-80, 2007. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/psicologia/article/view/1010. Acesso em: 18 jan. 2020.

FERREIRA, T. P. S. et al. Produção do cuidado em saúde mental: desafios para além dos muros institucionais. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 21, n. 61, p. 373-384, 2017. Doi: 10.1590/1807-57622016.0139. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/ChwzY8kyVHdYJmQfvRSJj3C/?lang=pt. Acesso em: 18 jan. 2021.

FIGUEIRÓ, R. A.; DIMENSTEIN, M. O cotidiano de usuários de CAPS: empoderamento ou captura? Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, v. 22, n. 2, p. 1-16, maio/ago. 2010. Doi: 10.1590/S1984-02922010000800015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/fractal/a/LGTtrNmWcxF3PPfySFg7ZYv/?lang=pt. Acesso em: 18 jan. 2021.

HEIDRICH, A. V. Balanço da reforma psiquiátrica antimanicomial brasileira. In: DUARTE, M. J. O.; PASSOS, R. G.; GOMES, T. M. S. (org.). Serviço social, saúde mental e drogas. Campinas: Papel Social, 2017.

IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

LIMA, A. F. et al. Avanços e limites da reforma psiquiátrica no estado do Ceará: a herança histórica e o desafio da desinstitucionalização. Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 1, n. 1, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/17545. Acesso em: 18 jan. 2021.

NUNES, J. M. S.; GUIMARÃES, J. M. X.; SAMPAIO, J. J. C. A produção do cuidado em saúde mental: avanços e desafios à implantação do modelo de atenção psicossocial territorial. Physis, Rio de Janeiro, v. 26, n. 4, p. 1213-1231, out./dez. 2016. Doi: 10.1590/S0103-73312016000400008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/hGJTpY5mKVbQxr9nBPmSG5S/abstract/?lang=pt. Acesso em: 18 jan. 2021.

MARTINELLI, M. L. (org.). O uso das abordagens qualitativas na pesquisa em Serviço Social: um instigante desafio. São Paulo: Veras, 1994.

VASCONCELOS, E. M. Contribuições recíprocas entre o Serviço Social brasileiro e o campo da saúde mental, e a análise crítica da reforma psiquiátrica no contexto neoliberal. In: DUARTE, M. J. O.; PASSOS, R. G.; GOMES, T. M. S. Serviço Social, Saúde Mental e Drogas. Campinas: Papel Social, 2017

Downloads

Publicado

29-08-2022

Como Citar

RODRIGUES, R. A. de S.; SILVA, J. P. F. da. Percepção de profissionais da saúde mental sobre a Rede de Atenção Psicossocial em Iguatu, Ceará . Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 21, n. 2, p. 180–194, 2022. DOI: 10.14393/REP-2022-62966. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/62966. Acesso em: 22 jul. 2024.