As estratégias da educação popular presentes na ITCP-USP
a atuação em uma cooperativa de catadoras
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v17n22018-art08Palavras-chave:
Educação Popular, Psicologia Política, Economia Solidária, Cooperativismo social, Catador de Materiais RecicláveisResumo
Desde sua criação, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade de São Paulo (ITCP-USP) tem na educação popular um dos referenciais metodológicos de suas práticas. Por isso, o objetivo deste trabalho é apresentar as estratégias da educação popular presentes na atuação da Incubadora. Para isso, será utilizada a metodologia de sistematização em educação popular, para a qual uma teoria deve servir para organizar e sistematizar as experiências de intervenção em um campo. Foram escolhidas três estratégias da educação popular: o fortalecimento da organização coletiva dos trabalhadores; o reconhecimento dos saberes oriundos da experiência de trabalho; e a compreensão das necessidades dos trabalhadores. A partir de sua contextualização histórica elas servirão para a reflexão sobre cenas da atuação da ITCP-USP em uma Cooperativa de Reciclagem. Quando se compreende que o empreendimento econômico solidário deve considerar aspectos para além dos econômicos, as estratégias da educação popular proporcionam leituras e práticas que favorecem a união entre os trabalhadores.
Downloads
Referências
ANDRADA, C. F. Onde a autogestão acontece: revelações a partir do cotidiano. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 1-14, jun. 2006. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172006000100002& lng= pt&tlng= pt>. Acesso em: 19 jun. 2017.
BEISIEGEL, C. de R. Política e educação popular: a teoria e a prática de Paulo Freire no Brasil. São Paulo: Ática, 1989. 378 p.
ESTEVES, E. G. Sócio, trabalhador, pessoa: negociações de entendimentos na construção cotidiana da autogestão de uma cooperativa industrial. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014. 253 p.
GONÇALVES-FILHO, J. M. Humilhação social: humilhação política. In: SOUZA, B. de P. (Org.). Orientação à queixa escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
JARA-HOLLIDAY, O. Sistematização das experiências: algumas apreciações. In: BRANDÃO, C. R.; STRECK, D. R. (Org.). Pesquisa participante: o saber da partilha. Aparecida, SP: Ideias e Letras, 2006. p. 227-243.
LANE, S. T. M. Histórico e fundamentos da psicologia comunitária no Brasil. In: CAMPOS, R. H. F. (Org.) Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.
MACHADO, A. M. Os psicólogos trabalhando com a escola: intervenção a serviço do que? In: MEIRA, M. E. M.; ANTUNES, M. A. M. (Org.). Psicologia escolar: práticas críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
MARTINS, S. A. A formação política da juventude do Movimento Sem-Terra no Estado do Paraná. Tese (Doutorado em Sociologia Política) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.
MARX, K. Trabalho estranhado e propriedade privada. In: ______. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2008.
NUNES, D. Incubação de empreendimentos de economia solidaria: uma aplicação da pedagogia da participação. São Paulo: Annablume, 2009. 348 p.
PAIVA, V. O período 1958-1964: novas ideias em matéria de educação de adultos. In: ______. História da educação popular no Brasil: educação popular e educação de adultos. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
PEREIRA, A. C. L., SECCO, L. D. P. D.; CARVALHO, A. M. R. A Participação das cooperativas de catadores na cadeia produtiva dos materiais recicláveis: perspectivas e desafios. Psicologia Política, São Paulo, v. 14, n. 29, p. 171-186, abr. 2014.
PINHEL, J. R. O catador de materiais recicláveis. In: ______. (Org.). Do lixo à cidadania: guia para a formação de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. São Paulo: Peirópolis, 2013.
PRADO, M. A. M. Psicologia política e ação coletiva: notas e reflexões acerca da compreensão do processo de formação identitária do “nós”. Psicologia Política, São Paulo, v. 1, n. 1, 2001. Disponível em: <http://each.uspnet.usp.br/rpp/index.php/RPP/article/view/8/9>. Acesso em: 4 jul. 2017.
SAVIANI, D. Escola e democracia. Campinas: Autores Associados, 2012. 94 p.
SAWAIA, B. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. 156 p.
SINGER, P. Incubadoras universitárias de cooperativas: um relato a partir da experiência da USP. In: SINGER, P.; SOUZA, A. (Org.). A economia solidária no Brasil: autogestão como resposta ao desemprego. São Paulo: Cortez, 2000. p. 123-133.
SINGER, P.; SOUZA, A. (Org.). A economia solidária no Brasil: autogestão como resposta ao desemprego. São Paulo: Cortez, 2000. p. 123-133.
______. Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002. 127 p.
SILVA, P. N. Desafios da inclusão do jovem na sociedade de consumo: as alternativas encontradas por jovens da periferia da zona oeste de São Paulo/SP. Dissertação (Mestrado em educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
STRECK, D. R. Entre emancipação e regulação: (des)encontros entre educação popular e movimentos sociais. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 44, p. 300-409, 2010.
SVARTMAN, B. P. et al. Reflexões sobre as condições psicossociais do exercício da autogestão. In: CORTEGOSO, A. L.; LUCAS, M. G. (Org.). Psicologia e economia solidária: interfaces e perspectivas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. p. 39-52.
VALLIN, I. C. Gênero e meio ambiente: dupla jornada de injustiça ambiental em uma cooperativa de mulheres catadoras de materiais recicláveis. Dissertação (Mestrado em Ciência Ambiental) – Instituto de Energia e Ambiente, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Danilo de Carvalho Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
