Condillac e a causa da atividade mental: uma leitura construtivista
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPRIM-v9n17a2024-74650Palabras clave:
Condillac, Causa, Atividade Mental, Empirismo, ConstrutivismoResumen
Resumo: O objetivo deste artigo é investigar a causa da atividade mental segundo Condillac e indicar suas implicações para uma leitura construtivista de sua filosofia. Para isso, analiso três textos do autor: o Ensaio sobre a origem dos conhecimentos humanos (1746); o Tratado das sensações (1754) e a sua Lógica (1778). Ao formular uma nova explicação do entendimento humano, Condillac precisa esclarecer, à luz de sua versão radical do empirismo, a causa da atividade mental. Nas obras mencionadas, o filósofo apresenta duas interpretações da questão: a primeira, empirista, está identificada no seu Ensaio com os signos de instituição que dão origem a atividade reflexiva; no Tratado, é princípio do prazer/dor que causa a atividade quando coloca em ação as operações mentais. Todavia, esse texto, e posteriormente a sua Lógica, introduzem a noção de força no organismo, adicionando uma causalidade no âmbito mental que não se reduz à alternância entre prazer e dor, sugerindo vestígios do inatismo no interior da sua explicação empirista radical. Frente a essas distintas perspectivas interpretativas sobre a causa da atividade mental, é necessário mostrar possíveis implicações disso para uma leitura de tipo construtivista da filosofia condillaciana.
Palavras-chave: Condillac; Causa; Atividade Mental; Empirismo; Construtivismo.
Condillac and the cause of mental activity: a constructivist reading
Abstract: The aim of this article is to investigate the cause of mental activity according to Condillac and examine its implications for a constructivist reading of his philosophy. To achieve this, I analyze three of the author’s texts: An Essay on the Origin of Human Knowledge (1746), A Treatise on Sensations (1754), and his Logic (1778). In formulating a new explanation of human understanding, Condillac needs to clarify, in light of his radical version of empiricism, the cause of mental activity. In the mentioned works, the philosopher presents two interpretations of this issue: the first, empiricist, is found in his Essay with the institutional signs that give rise to reflective activity; in the Treatise, it is the principle of pleasure/pain that triggers activity by activating mental operations. However, this text, and later his Logic, introduce the notion of force within the organism, adding a mental causality that is not limited to the alternation between pleasure and pain, suggesting traces of innatism within his radical empiricist explanation. In light of these different interpretative perspectives on the cause of mental activity, it is necessary to demonstrate the potential implications for a constructivist reading of Condillac's philosophy.
Keywords: Condillac; Causa; Mental Activity; Empiricism; Constructivism.
Data de registro: 31/07/2024
Data de aceite: 01/11/2024
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