Problemas Relacionados à Definição e o Significado no Argumento Elêntico de Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPRIM-v9n18a2024-75494Palavras-chave:
Não-Contradição, Metafísica, Aristóteles, Significado, DefiniçãoResumo
Resumo: Em Metafísica Gamma 4, Aristóteles argumenta contra supostos negadores do Princípio da Não-Contradição. O argumento elêntico, assim chamado devido à sua estrutura argumentativa que se assemelha a uma refutação (elenchus), é a parte mais notória dessa argumentação. Esse argumento começa com uma fala de um interlocutor hipotético, que deve ao menos enunciar algum termo significativo. Em seguida, uma definição desse termo deve ser dada. Então, tendo afirmado uma definição, o interlocutor de Aristóteles não poderia contradizer o que enunciou, sob pena de ininteligibilidade. Neste artigo, examinaremos as noções de significado e definição envolvidas neste argumento. Para tal, examinaremos a descrição do significado linguístico encontrada em De Interpretatione, bem como as discussões sobre definições de nomes de entidades fictícias desenvolvidas nos Segundos Analíticos. Concluiremos que as noções de definição e significado são centrais para o argumento elêntico, de tal modo que a força do argumento depende, em última instância, de aspectos da concepção aristotélica do processo de significação.
Palavras-chave: Não-Contradição; Metafísica; Aristóteles; Significado; Definição.
Problemas Relacionados con la Definición y el Significado en el Argumento Elentico de Aristóteles
Resumen: En Metafísica Gamma 4, Aristóteles argumenta contra los supuestos negadores del principio de no contradicción. El argumento elentico, llamado así por su estructura argumentativa que se asemeja a una refutación (elenchus), es la parte más notoria de este argumento. Este argumento comienza con el discurso de un hipotético interlocutor, quien al menos debe enunciar algún término significativo. A continuación, se debe dar una definición de este término. Así, una vez enunciada una definición, el interlocutor de Aristóteles no podía contradecir lo que enunciaba, so pena de ininteligibilidad. En este artículo, examinaremos las nociones de significado y definición involucradas en este argumento. Para hacer esto, examinaremos la descripción del significado lingüístico que se encuentra en De Interpretatione, así como las discusiones sobre definiciones de nombres de entidades ficticias desarrolladas en los Segundos Análisis. Concluiremos que las nociones de definición y significado son centrales para el argumento elentico, de tal manera que la fuerza del argumento depende en última instancia de aspectos de la concepción aristotélica del proceso de significación.
Palabras clave: No-Contradicción; Metafísica; Aristóteles; Significado; Definición.
Data de registro: 29/09/2024
Data de aceite: 29/01/2025
Downloads
Referências
ANGIONI, Lucas. Os seis requisitos das premissas da demonstração científica em Aristóteles (Segundos Analíticos I 2). Manuscrito, Campinas, v. 35, n. 1, p. 7-60, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-60452012000100001.
ARISTÓTELES. Metafísica. Livros IV e VI. Tradução, introdução e notas de Lucas Angioni. 2 ed. Campinas: IFCH, 2007.
ARISTÓTELES. Segundos Analíticos. Livro II. Trad. Lucas Angioni. Campinas: IFCH, 2002.
ARISTÓTELES. Categories and De Interpretatione. Tradução e edição de John Lloyd Ackrill. Oxford: Clarendon Press, 1975.
ARISTÓTELES. Metaphysics: Books Γ, Δ, and Ε. Tradução e notas de Christopher Kirwan. 2 ed. Oxford: Clarendon Press, 1993.
ARISTÓTELES. De anima. Tradução, introdução e comentários de Christopher Shields. Oxford: Clarendon Press, 2016.
ARISTÓTELES. Topics Books I and VIII: with excerpts from related texts. Tradução e comentários de Robin Smith. Oxford: Clarendon, 1997.
BOLTON, Robert. Essentialism and Semantic Theory in Aristotle: Posterior Analytics, II, 7-10. The Philosophical Review, v. 85, n. 4, p. 514-544, 1976.
CHARLES, David. Aristotle on Meaning and Essence. Oxford: Oxford University Press, 2000.
COREN, Daniel. Why Does Aristotle Defend the Principle of Non-Contradiction Against its Contrary? The Philosophical Forum, v. 49, n. 1, p. 39-59, 2018.
MODRAK, Deborah. Nominal Definition in Aristotle. In: CHARLES, David (Ed.). Definition in Greek philosophy. New York: Oxford University Press, 2010. p. 252-285.
PRIEST, Graham. To be and not to be – That is the Answer. On Aristotle on the Law of Non-Contradiction. History of Philosophy and Logical Analysis, Leiden, v. 1, n. 1, p. 91-130, 1998.
WEDIN, Michael. Aristotle on the Firmness of the Principle of Non-Contradiction. Phronesis, Boston, v. 49, n. 3, p. 225-265, 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pedro Lemgruber

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.