Incorporação do habitus de homo magister no interior do estágio colaborativo em Física: um olhar sobre a relação entre professor supervisor e estagiário / Incoporation of the homo magister habitus inside the collaborative physics traineeship: A look at
Contenido principal del artículo
Resumen
O presente trabalho problematiza a relação entre um professor supervisor e um estagiário no transcorrer do estágio colaborativo em Física desenvolvido numa escola pública. Para tanto, emprega noções de campo escolar, campo da escola, habitus e capital docente de maneira a evidenciar as incorporações das disposições do professor supervisor pelo estagiário. Diante das características da temática investigada, tanto a constituição quanto a análise dos dados foram realizadas segundo a perspectiva de um estudo de caso de viés qualitativo. Os resultados provenientes da análise apontam que a proximidade das origens sociais e a estrutura do campo escolar favoreceram não só o início do estágio colaborativo como também o processo de incorporação das disposições do professor supervisor pelo estagiário. Essas incorporações, relacionadas ao conteúdo, a recursos didático-pedagógicos e a agentes internos e externos à escola, estavam sob a égide do capital social.
Descargas
Detalles del artículo
Los trabajos publicados son de propiedad de sus autores, que podrán disponer de ellos para posteriores publicaciones, siempre haciendo constar la edición original (titulo original, Enseñanza en Re-Vista, volumen, nº, paginas). Todos los artículos de esta revista son de entera responsabilidad de sus autores, no cabiendo cualquier responsabilidad legal sobre su contenido a la Revista o a la EDUFU.
Citas
ALVES, J.; CARVALHO, W. e MION, R. Investigação temática na formação de professores de física e no ensino de física. In: NARDI, R. (Org.). Ensino de Ciências e Matemática I: temas sobre a formação de professores. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
_____. Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983.
_____. Os usos sociais da ciência. São Paulo: UNESP, 2003.
_____. Para uma sociologia da ciência. Lisboa: Edições 70, 2004.
_____. A distinção: crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2007.
BOURDIEU, P. e DARBEL, A. O amor pela arte: os museus de arte na Europa e seu público. Porto Alegre: Zouk, 2003.
BOURDIEU, P. e WACQUANT, L. Una invitación a la sociologia reflexiva. Buenos Aires, 2008. BOGDAN, R. e BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto, 1994.
BRASIL. Parecer CNE/CP no 27, de 2 de outubro de 2001. Brasília, 2001.
BRASIL. Resolução CNE/CP no 02, de 19 de fevereiro de 2002. Brasília, 2002.
BRASIL. Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008. Brasília, 2008.
BRONOWSKI, J. Um sentido de futuro. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
CARVALHO, A. A influência das mudanças da legislação na formação dos professores: as 300 horas de estágio supervisionado. Ciência e Educação, v. 17, n. 1, p. 113-122, 2001.
_____. Os estágios nos cursos de licenciatura. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
CARVALHO, A. e GIL-PÉREZ, D. Formação de Professores de Ciências. São Paulo: Cortez Editora, 1992. CONTRERAS, J. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez Editora, 2002.
CORREA, E. L. Lugares centrais e lugares periféricos de Goiânia: diversidade e complexidade. Revista Geográfica da UEL, v. 19, n. 2, p. 3-23, 2010.
DENZIN, N. e LINCOLN, Y. Introduction: entering the field of qualitative research. In: DENZIN, N. e LINCOLN, Y. (Eds.). Handbook of Qualitative Research. Londres: Sage, 1994. p. 1-18.
ERICKSON, F. Qualitative research methods for science education. In: FRASER, B. J. e TOBIN, K. G. (Ed.). Inter- national Handbook of Science Education. Dordrecht, The Netherlands: Klower Academic Publishers, 1998. p. 1155-1173.
FREITAS, D. e VILLANI, A. Formação de professores de ciências: um desafio sem limites. Investigações em Ensino de Ciências, v. 7, n. 3, 2002.
GENOVESE, L. G. Obstáculos à consolidação da relação entre o campo escolar e o campo universitário: os Pequenos Grupos de Pesquisa de Goiás em foco. Atas do IX Encontro de Pesquisa em Ensino de Ciências. Águas de Lindóia, São Paulo, 2013.
_____. Os graus de autonomia das práticas dos professores de física: relações entre os subcampos educacionais brasileiros. In: CAMARGO, S. et al. (Orgs.). Controvérsias na pesquisa em ensino de física. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2014. p. 61-88.
GENOVESE, L. G. e CARVALHO, W. L. A construção dos campos escolar e da escola e do capital docente de uma professora de ciências: contribuições do corpus teórico de P. Bourdieu. In: CARVALHO, L. e CARVALHO, W. (Orgs.). Formação de professores e questões sócio-científicas no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 2012.
GENOVESE, L. G. e GENOVESE, C. L. Estágio supervisionado em física: considerações preliminares. Goiânia: UAB, 2012.
GENOVEZ, L. G. Os Saberes Docentes de um professor de ciências: gênese e evolução. 2002. 192 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, 2002.
_____. Homo magister: conhecimento e reconhecimento de uma professora de ciências pelo campo escolar. 2008. 228 f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências) Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, 2008.
GIROUX, H. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1997.
GOLD, R. L. Roles in sociological field observations. Social Forces, v. 36, p. 217- 223, 1958. http://dx.doi.org/10.2307/2573808
GÜNTHER, H. Como elaborar um questionário. Brasília: Editora da Unb, 2003. HALL, R. A revolução na ciência: 1500-1750. Lisboa: Edições 70, 1988.
HANSON, N. R. Observação e interpretação. In: MORGENBESSER, S. (Org.). Filosofia da ciência. São Paulo: Cultrix, 1979. p. 127-140.
HENRY, J. A revolução científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
HODSON, D. Experiments in science and science teaching. Educational Philosophy and Theory, v. 20, p. 53-66, 1988. http://dx.doi.org/10.1111/j.1469-5812.1988.tb00144.x
HODSON, D. Hacia un enfoque más crítico del trabajo de laboratorio. Enseñanza de las ciencias, v. 12, n. 3, p. 299-313, 1994.
LIMA, M. S. Estágio e aprendizagem da profissão docente. Brasília: Liber Livro, 2012.
LÜDKE, M. e CRUZ, G. B. Aproximando universidade e escola de educação básica pela pesquisa. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 125, p. 81-109, 2005.
MARTINS, A. F. Estágio supervisionado em física: o pulso ainda pulsa... Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 3, p. 34021-34027, 2009.
MILES, M. e HUBERMAN, A. Qualitative data analisis. Newbury Park: Sage, 1994.
MION, R.; ALVES, J. e CARVALHO, W. Implicações da relação entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente: subsídios para a formação de professores de física. Experiências em Ensino de Ciências, v. 4, n. 2, p. 47-59, 2009.
MIZUKAMI, M. G. Relações universidade-escola e aprendizagem da docência: algumas lições de parcerias co- laborativas. In: BARBOSA, R. (Org.). Trajetórias e perspectivas da formação de educadores. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 285-314.
NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
ORQUIZA-DE-CARVALHO, L. M. e CARVALHO, W. L. Interação universidade-escola e as invasões do sistema no mundo da vida. In: 29a Reunião Anual da ANPED. Anais…, 2006.
PIMENTA, S. e LIMA, M. Estágio e docência. São Paulo: Cortez Editora, 2012.
SCHÖN, D. Educando o profissional reflexivo. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, v. 15, n. 2, p. 4-14, 1986. http://dx.doi.org/10.3102/0013189X015002004
_____. Knowledge and teaching: foundations of the new reform. Harvard Educational Review, v. 57, n. 1, p. 1-22, 1987. http://dx.doi.org/10.17763/haer.57.1.j463w79r56455411
STAKE, R. A arte da investigação com estudos de caso. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2009.
VILLANI, A. e FRANZONI, M. A competência dialógica e a formação de um grupo docente. Investigações em Ensino de Ciências, v. 5, n. 3, p. 191-211, 2000.
VILLANI, A.; PACCA, J.; KISHINAMI, R. e HOSOUME, Y. Analisando o ensino de física: contribuições de pesquisas com enfoques diferentes. Revista Ensino de Física, v. 4, n. 2, p. 23-51, 1982.
WELLINGTON, J. Practical work in science education. In: WELLINGTON, J. (Ed.). Secondary Science: contemporary issues and practical approaches. Londres: Routledge, 2010, p. 135 -145.
ZEICHNER, K. A formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Lisboa: Educa, 1993.