MODELAGEM PREDITIVA DE DESMATAMENTO NA BACIA DO ALTO PARAGUAI NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG2510171664

Palabras clave:

Amazônia, Pantanal, Cerrado, Commodities, Modelos preditivos

Resumen

O objetivo deste estudo foi realizar simulação preditiva de desmatamento na bacia do Alto Paraguai no estado brasileiro de Mato Grosso, com o propósito de gerar informações para subsidiar estratégias de planejamento territorial voltadas à conservação ambiental. A modelagem foi operacionalizada no programa Dinamica EGO, a partir de dados de cobertura vegetal e de usos da terra, referentes ao período de 1985 a 2020, associado a variáveis explicativas do desmatamento na área investigada. Cinco etapas foram realizadas na metodologia: cálculo das matrizes de transição, determinação dos pesos de evidência, ajuste, validação e projeção do modelo no cenário tendencial para o ano de 2050. O modelo de simulação construído apresentou grau de acurácia de 75,60%. Três variáveis motrizes foram consistentemente associadas ao estímulo de desmatamento (proximidade às áreas previamente desmatadas, às estradas e às cidades). Em contrapartida, a proximidade às áreas protegidas apresentou um desestímulo ao desflorestamento. Para o ano de 2050 foi projetado para a bacia a perda de 21,20% (21.129,05 km²) de áreas de vegetação natural e aumento de 29,81% (21.135,47 km²) das áreas antrópicas agrícolas. Nesse cenário as áreas antrópicas agrícolas terão 92.029,92 km², superado as áreas de vegetação natural com 78.507,56 km² em 2040.

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Biografía del autor/a

Alexander Webber Perlandim Ramos, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduado em Geografia e Mestre em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola na área de concentração Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola (Água, Solo e Clima nos Agroecossistemas), ambos pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Atualmente é doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais na área de concentração Análise Ambiental (Geografia Aplicada e Geotecnologias). Atua principalmente nas seguintes áreas: Geotecnologias, Análise Espacial de Dados Geográficos, Conservação de Bacias Hidrográficas e Modelagem de Sistemas Ambientais.

Úrsula Ruchkys de Azevedo, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997), Mestre em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2001) e Doutora em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Atualmente é Professora Associada do Departamento de Cartografia e dos Programas de Pós-graduação em Geografia e em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais. É Presidente do Comitê Assessor da área de Ciências Exatas e da Terra da Pró-reitoria de Pesquisa da UFMG de 2017 a 2022 e Membro desse Comitê desde 2011. Atua principalmente nos seguintes temas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão: análise e modelagem de sistemas ambientais; geotecnologias em suas diversas aplicações; geoética, geodiversidade; geopatrimônio e geoconservação; patrimônio da história da mineração. É colaboradora da FAPEMIG na coordenação de projetos de pesquisa e extensão. Consultora Ad Hoc da FAPESP na avaliação de projetos de pesquisa desde 2011. Consultora Ad Hoc do CNPq e da CAPES. Coordenadora e pesquisadora em vários projetos de pesquisa e extensão com financiamento.

Edineia Aparecida dos Santos Galvanin, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Possui graduação em Matemática (2000), mestrado e doutorado em Ciências Cartográficas (2002 e 2007), Livre-docente em Geoprocessamento Aplicado (2022) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é Professora Associada da Universidade Estadual Paulista (Campus de Ourinhos), é docente permanente do programa de pós-graduação stricto sensu em Geografia (Mestrado Profissional) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui pós-doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015-2016) e pós-doutorado em Estatística Espacial pela Universidade do Minho - Portugal (2017). Coordena o laboratório de Hidrologia da FCTE Unesp/Ourinhos. É líder do Grupo de Pesquisa em Geotecnologias Aplicadas aos Estudos Ambientais - Unesp e membro do grupo de pesquisa Sensoriamento Remoto, Pesquisa e Ensino de Geografia - SERPEGEO - Unemat. É membro suplente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Médio Paranapanema (CBH-MP). Mantém intercâmbio com pesquisadores da Universidade do Minho (Portugal) e da Universidade Del Sur (Argentina). É consultor ad hoc de periódicos nacionais e internacionais, atuando como membro revisor do periódico Remote Sensing. Atua principalmente nas seguintes áreas: Geotecnologias, Modelagem estatística e Geografia Física. Pesquisadora visitante (Fulbright Research Scholar Program) na Kansas State University, USA (2024). 

Publicado

2024-10-03

Cómo citar

RAMOS, A. W. P.; AZEVEDO, Úrsula R. de; GALVANIN, E. A. dos S. MODELAGEM PREDITIVA DE DESMATAMENTO NA BACIA DO ALTO PARAGUAI NO ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 25, n. 101, p. 112–130, 2024. DOI: 10.14393/RCG2510171664. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/71664. Acesso em: 20 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos