Um estudo sobre as (im)possibilidades de Práticas Docentes Inclusivas em um contexto de plataformização e o desafio do planejamento
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Resumo
Este estudo tem o objetivo de discutir possibilidades de práticas docentes inclusivas em um contexto marcado por barreiras sistêmicas, como a plataformização nas escolas públicas estaduais de São Paulo, sob a ótica da teoria Histórico-Cultural. Por meio de uma pesquisa qualitativa, integra discussões teóricas com uma análise narrativa de experiências práticas em um processo formativo Lesson Study Híbrido (LSH), desenvolvido em uma comunidade colaborativa. Sob a perspectiva histórico-cultural, tecnologias digitais (TD) são compreendidos como instrumentos culturais que medeiam a atividade humana e carregam significados historicamente construídos, exigindo escolhas pedagógicas intencionais em sua produção e uso. Diante da dificuldade de assegurar essa mediação na lógica da plataformização, evidencia-se que a perspectiva inclusiva emerge desde o planejamento quando barreiras indiretas são enfrentadas com a intencionalidade de assegurar a participação de todos(as) os(as) estudantes. Nesse sentido, compreender as condições da sala de aula possibilita um planejamento multifacetado e fundamental para a promoção da inclusão em práticas docentes. O LSH mostrou-se eficaz para o enfrentamento das barreiras sistêmicas da plataformização, facilitando o planejamento e o desenvolvimento de aulas em um ambiente híbrido que promoveu práticas inclusivas. Isso gerou ressignificações no ensino com TD e uma compreensão docente mais profunda sobre um ensino comprometido com a inclusão da pessoa com deficiência. Por fim, o estudo aponta para a necessidade de políticas de currículo que incentivem o planejamento participativo de professores(as).
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