A materialidade geográfica e Merleau-Ponty (1908-1961)

Autores

  • Thiago Henrique Costa Simões Antunes Universidade de São Paulo (USP)
  • Carlos Roberto Machado de Oliveira Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • André Amorim de Oliveira Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Palavras-chave:

Geografia da percepção; Dicotomias geográficas; Epistemologia em geografia; Metodologia em geografia; Fenomenologia.

Resumo

A materialidade geográfica e o discurso geográfico dizem respeito a dois instrumentos teóricos destinados a servirem como categorias de trabalho na ciência geográfica. Essa distinção é útil para a compreensão dos limites científicos em relação à expressão concreta da atitude relacional, que é a geografia. No entanto, a sua diferenciação não deve motivar o estudo dissociado desses dois aspectos, pois eles são constituídos de forma radicalmente una, tanto em aparecimento em ato quanto em influências interativas. Nessa hora, a fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty tem potencial para realçar o entrelaçamento entre eles, no sentido da preocupação da nossa experiência perceptiva, ou melhor, preocupação da percepção de nossa experiência perceptiva, como uma ontogênese da percepção, mirando atingir (dentro de nossos limites ônticos) a sensibilidade da materialidade geográfica que inventa e é inventada pelas narrativas geográficas, pois perceber é se dispor à relação, e a relação é o fundamento primeiro para a geografia acontecer. Este trabalho tem por objetivo estimular e aprofundar a discussão da geografia enquanto categoria ontológica e categoria epistemológica. Para tal, traçamos um expediente de método que articula a análise de trabalhos que se guiaram pela temática em questão ao exame de textos do filósofo Maurice Merleau-Ponty (1908-1961). Evidencia-se que a busca pela reabilitação ontológica do sensível, considerando a geograficidade como o quiasma entre corpo, percepção e mundo, constitui-se como um pressuposto metodológico indispensável para o desenvolvimento do trabalho do geógrafo.

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Biografia do Autor

Thiago Henrique Costa Simões Antunes, Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Carlos Roberto Machado de Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia na Universidade Federal de Uberlândia
(PPGEO-UFU), professor de Geografia pela Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e pela Prefeitura Municipal de Monte Carmelo (MG).

André Amorim de Oliveira, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Graduando em Geografia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista na Revista Eletrônica do Grupo de Pesquisa NIESBF.

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Publicado

2023-10-12

Como Citar

Costa Simões Antunes, T. H., Machado de Oliveira, C. R., & Amorim de Oliveira, A. (2023). A materialidade geográfica e Merleau-Ponty (1908-1961). Observatorium: Revista Eletrônica De Geografia, 14. Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/Observatorium/article/view/70892

Edição

Seção

Artigos