Análise crítica de “A força do lugar” acompanhada a um chamado
por uma gaia ciência?
Palabras clave:
“A força do lugar”; Espaço geográfico; Schouplatz; Gaia ciência.Resumen
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo central, tal qual indica seu título, primeiramente, ser uma análise crítica de “A força do lugar”, quarta parte da obra “A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção” (SANTOS, 1996), a fim de afirmar e discutir, sucintamente, a dimensão do espaço geográfico na qualidade de schouplatz (KANT, 2007) ou “cenário” de subjetividades, interpretações e sensibilidades. Dessa forma, este artigo entende que a natureza do espaço geográfico, objeto par exellence da Geografia, é dual: objetiva e subjetiva. Todavia, a esta última faceta, a ciência geográfica — bem como a ciência em si, “filha” da modernidade e de Descartes — pouco visou, expôs ou mesmo afirmou. É nessa perspectiva onde, por último, o texto encaminha-se: no pequeno e introdutório esboço de crítica à ciência e, embutida nela, à Geografia. Sedentos por uma verdade “divina” e amparados na linguagem (NIETZSCHE, 2007; 1998), os horizontes científicos ainda não admitiram, completamente, o mundo e a vida enquanto estética e os fenômenos como aparições e não “coisas em si” (ding an sich) (KANT, 2005). Logo, doravante, por uma gaia ciência? Em suma, este artigo é fruto, como aporte metodológico, de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, centrada em materiais de Milton Santos, Kant e Nietzsche.
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