IMPLICAÇÕES ESPACIAIS DA CRISE URBANA EM UBERLÂNDIA-MG
dos espaços de valorização imobiliária às ocupações dos Sem Teto
DOI:
https://doi.org/10.14393/OREG-v9-n3-2018-48494Keywords:
Crise urbana, Desigualdades socioespaciais, Urbanização precária, Uberlândia-MGAbstract
Os problemas urbanos comumente encontrados no Brasil persistem e se aprofundam no período atual, indicando o tamanho da crise que atravessa a urbanização no país. A permanência de problemas históricos, como a falta de acesso dos mais pobres à moradia digna e a proliferação de espaços de urbanização precária (favelas e ocupações), permanecem como característica do espaço urbano brasileiro, ao mesmo tempo em que também aumentam e se fazem presentes esforços de agentes privados e do próprio Estado na reprodução de mecanismos típicos de especulação e valorização imobiliária, marcando a paisagem das cidades. Este é o resultado da produção da cidade como mercadoria, quando a função social da propriedade e o direito à moradia são desprezados ou relegados a segundo plano. O trabalho aponta para tais aspectos no espaço urbano de Uberlândia, Minas Gerais, avaliando como a cidade se tornou ainda mais fragmentada e desigual neste início de século.