Curso para pais grávidos
expectativas das gestantes/acompanhantes e dos profissionais envolvidos
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep_v16n22017_art04Palavras-chave:
centros de assistência à gravidez e ao parto, assistência pré-natal, educação em saúdeResumo
Cursos para gestantes pretendem diminuir dúvidas e humanizar o atendimento, contrapondo-se ao pré-natal, considerado impessoal e muito técnico. Contudo, os benefícios dessas atividades educativas na saúde nem sempre são descritos como eficientes. Neste estudo pretendemos avaliar curso oferecido por empresa de saúde suplementar, propor mudanças e discutir novo modelo de curso. Participaram da pesquisa dezesseis gestantes e quinze acompanhantes que assistiram ao curso e os quatro profissionais que promovem a aula. As gestantes e seus acompanhantes responderam questionário antes e após a palestra que indagava dados pessoais e sobre temas abordados na aula, seguido por dinâmica em grupo, na qual os participantes realizaram colagens a partir de duas questões motivadoras sobre experiências no curso e expectativas do parto. O teste "t" de Student caracterizou mudanças de conceito após o curso nos temas: orientação sobre a gestação, sobre o parto, tipos de parto, cuidados com o recém-nascido, funcionamento da assistência ao parto no hospital, quando devem ir ao hospital. Na análise qualitativa, predominaram sentimentos associados ao medo e à insegurança. Concluímos que o curso foi bem avaliado pelos participantes, mas foi sugerido que teria sido mais bem aproveitado se fosse oferecido a grupos com idades gestacionais próximas; deveria ser incluída uma avaliação inicial/final e, em relação à metodologia, seria mais adequado usar dinâmicas de grupos, pois permitiria o compartilhamento de saberes sobre os temas.
Downloads
Referências
ALBERTI, G. F. et al. Educação popular trabalhada em oficinas de saúde: a sexualidade durante o adolescer. Rev. Educ. Popular, Uberlândia, v. 13, n. 1, p. 75-81, jan.-jun. 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/24871>. Acesso em: 16 mar. 2016.
ALMEIDA, J. M. Projeto vertical zero: expectativas e ações de pais soropositivos para o HIV à espera do diagnóstico do filho. 2008. 183f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Universidade de São Paulo, 2008.
APOLINÁRIO, D. et al. Práticas na atenção ao parto e nascimento sob a perspectiva das puérperas. Rev. RENE, Fortaleza, v. 17, n. 1, p. 20-28, 2016. doi: http://dx.doi.org/10.15253/rev%20rene.v17i1.2601.
BLAXTER, M. Life narratives, health and identity. In: KELLEHER, D; LEAVEY, G. (Eds.) Identity and health. London: Routledge, 2004. p. 170-99.
BOEHS, A. E. et al. Interface necessária entre enfermagem, educação e saúde e o conceito de cultura. Texto Contexto Enferm [online], Santa Catarina, v.16, n. 2, p. 307-314, abr.-jun. 2007. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072007000200014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área de trabalho de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência à mulher. Brasília, DF: MS, 2001. p. 14-19.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GAZZINELLI, M. F. et al. Educação em saúde: conhecimentos, representações sociais e experiências da doença. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, jan.-feb. 2005. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2005000100022.
GENIAKE, L. M. V; LIMA, J. A. S. L; LOURENÇO, L. D. Z. Oficinas educativas com gestantes: uma intervenção na unidade de saúde da família. Rev. Educ. Popular, Uberlândia, v. 14, n. 1, p. 136-144, jan.-jun. 2015. doi: http://dx.doi.org/10.14393/REP-v14n12015-rel01.
GOMES, L. F. S. et al. Reflections on the promotion of health in the context of the program humanization prenatal and birth. Journal of Nursing, Recife, v. 6, n. 7, 2012. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/2659. Acesso em: 10 jun. 2016.
LOPES, L. G. et al. Curso de gestantes e parto humanizado: contribuições para o enfermeiro. Extensão em Ação, Fortaleza, v. 2, n. 9, p. 80-87, 2015. Disponível em: <http://www.revistaprex.ufc.br/index.php/EXTA/article/view/240>. Acesso em: 16 mar. 2017.
MAFFESOLI, M. No fundo das aparências. Petrópolis (RJ): Vozes, 1996.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.
MOREIRA, C. T.; MACHADO, M. F. A. S.; BECKER, S. L. M. Educação em saúde a gestante utilizando a estratégia de grupo. Rev. RENE, Fortaleza, v. 8, n. 3, p. 107-116, set./dez. 2007.
OLIVEIRA, S. M. J. V. et al. Tipo de parto: expectativas das mulheres. Rev. Lat-Am. de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 5, p. 667-674, set-out. 2002. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692002000500007.
PESSOA, L. 13,5% das crianças são de mães adolescentes. Jornal Cruzeiro do Sul, Sorocaba, 29 nov. 2016. Disponível em: <http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/747847/135-das-criancas-nascidas-na-rms-sao-de-maes-adolescentes.html>. Acesso: 28 mar. 2017.
REZENDE, J. Obstetrícia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 1104 p.
SAMPAIO NETO, L. F.; ALVARES, L. B. O papel do obstetra e do psicólogo na depressão pós-parto. Rev. Fac. Cienc. Méd. de Sorocaba, Sorocaba, v, 15, n. 1, p. 180-183, Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/13171>. Acesso em: 10 mar. 2017.
SANTOS, F., C. et al. O processo evolutivo entre as gerações X, Y e baby boomers. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 14., out. 2011, São Paulo. Disponível em: <https://originaconteudo.com.br/arquivos/Artigo-geracoes-X-Y-e-Baby-boomers.pdf>. Acesso em 10 mar. 2017.
SANTOS, R. V.; PENNA, C. M. M. Integralidade do cuidado à gestante, puérpera e recém-nascido: o olhar de usuários. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 18 n. 4, p. 652-660, 2009.
SCHIRMER, J. et al. Incentivando o parto normal. In: BARROS, S. M. O. de; MARIN, H. F.; ABRÃO, A. C. F. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. São Paulo: Roca, 2002. p. 203-210.
SOUZA, V. B.; ROECKER, S.; MARCON, S. S. Ações educativas durante a assistência pré-natal: percepção de gestantes atendidas na rede básica de Maringá- PR. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 199-210, 2011. doi: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i2.10162.
STRAPASSON, M. R., SILVA, E. V., FISHER, A. C. S. Métodos não farmacológicos de alívio da dor durante trabalho de parto e parto. REUFSM, Santa Maria, v. 1, n. 2, p. 261-271, 2011. doi: http://dx.doi.org/10.5902/217976922526.
TEDESCO, R. P. et al. Fatores determinantes para expectativas das primigestas acerca da via de parto. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 26, n. 10. nov.-dec. 2004. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004001000006.
ZAMPIERI, M. F. et al. Processo educativo com gestantes e/ou casais grávidos: possibilidade de reflexão para transformação e reflexão da realidade. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 19, n. 4, p. 719-727, out.-dez. 2010.
ZANGALLI, C.; POLONI, P. G. P.; LANG, C. S. Grupo de gestantes. In: CONGRESSO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FACULDADE DA SERRA GAÚCHA, 4., 2016, Caxias do Sul. Anais... Disponível em: <http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao/article/view/2301>. Acesso em: 22 mar. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Marcio Hideki Setogutti Nanamura, Luiz Ferraz de Sampaio Neto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.