Curso para pais grávidos

expectativas das gestantes/acompanhantes e dos profissionais envolvidos

Autores

  • Marcio Hideki Setogutti Nanamura Pontifícia Universidade Católica de São Paulo http://orcid.org/0000-0002-6411-6390
  • Luiz Ferraz de Sampaio Neto Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.14393/rep_v16n22017_art04

Palavras-chave:

centros de assistência à gravidez e ao parto, assistência pré-natal, educação em saúde

Resumo

Cursos para gestantes pretendem diminuir dúvidas e humanizar o atendimento, contrapondo-se ao pré-natal, considerado impessoal e muito técnico. Contudo, os benefícios dessas atividades educativas na saúde nem sempre são descritos como eficientes. Neste estudo pretendemos avaliar curso oferecido por empresa de saúde suplementar, propor mudanças e discutir novo modelo de curso. Participaram da pesquisa dezesseis gestantes e quinze acompanhantes que assistiram ao curso e os quatro profissionais que promovem a aula. As gestantes e seus acompanhantes responderam questionário antes e após a palestra que indagava dados pessoais e sobre temas abordados na aula, seguido por dinâmica em grupo, na qual os participantes realizaram colagens a partir de duas questões motivadoras sobre experiências no curso e expectativas do parto. O teste "t" de Student caracterizou mudanças de conceito após o curso nos temas: orientação sobre a gestação, sobre o parto, tipos de parto, cuidados com o recém-nascido, funcionamento da assistência ao parto no hospital, quando devem ir ao hospital. Na análise qualitativa, predominaram sentimentos associados ao medo e à insegurança. Concluímos que o curso foi bem avaliado pelos participantes, mas foi sugerido que teria sido mais bem aproveitado se fosse oferecido a grupos com idades gestacionais próximas; deveria ser incluída uma avaliação inicial/final e, em relação à metodologia, seria mais adequado usar dinâmicas de grupos, pois permitiria o compartilhamento de saberes sobre os temas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcio Hideki Setogutti Nanamura, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestrando em Educação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil; médico ginecologista e obstetra.

Luiz Ferraz de Sampaio Neto, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

Doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo, Brasil; professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

Referências

ALBERTI, G. F. et al. Educação popular trabalhada em oficinas de saúde: a sexualidade durante o adolescer. Rev. Educ. Popular, Uberlândia, v. 13, n. 1, p. 75-81, jan.-jun. 2014. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/24871>. Acesso em: 16 mar. 2016.

ALMEIDA, J. M. Projeto vertical zero: expectativas e ações de pais soropositivos para o HIV à espera do diagnóstico do filho. 2008. 183f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Universidade de São Paulo, 2008.

APOLINÁRIO, D. et al. Práticas na atenção ao parto e nascimento sob a perspectiva das puérperas. Rev. RENE, Fortaleza, v. 17, n. 1, p. 20-28, 2016. doi: http://dx.doi.org/10.15253/rev%20rene.v17i1.2601.

BLAXTER, M. Life narratives, health and identity. In: KELLEHER, D; LEAVEY, G. (Eds.) Identity and health. London: Routledge, 2004. p. 170-99.

BOEHS, A. E. et al. Interface necessária entre enfermagem, educação e saúde e o conceito de cultura. Texto Contexto Enferm [online], Santa Catarina, v.16, n. 2, p. 307-314, abr.-jun. 2007. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072007000200014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área de trabalho de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência à mulher. Brasília, DF: MS, 2001. p. 14-19.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GAZZINELLI, M. F. et al. Educação em saúde: conhecimentos, representações sociais e experiências da doença. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, jan.-feb. 2005. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2005000100022.

GENIAKE, L. M. V; LIMA, J. A. S. L; LOURENÇO, L. D. Z. Oficinas educativas com gestantes: uma intervenção na unidade de saúde da família. Rev. Educ. Popular, Uberlândia, v. 14, n. 1, p. 136-144, jan.-jun. 2015. doi: http://dx.doi.org/10.14393/REP-v14n12015-rel01.

GOMES, L. F. S. et al. Reflections on the promotion of health in the context of the program humanization prenatal and birth. Journal of Nursing, Recife, v. 6, n. 7, 2012. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/2659. Acesso em: 10 jun. 2016.

LOPES, L. G. et al. Curso de gestantes e parto humanizado: contribuições para o enfermeiro. Extensão em Ação, Fortaleza, v. 2, n. 9, p. 80-87, 2015. Disponível em: <http://www.revistaprex.ufc.br/index.php/EXTA/article/view/240>. Acesso em: 16 mar. 2017.

MAFFESOLI, M. No fundo das aparências. Petrópolis (RJ): Vozes, 1996.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MOREIRA, C. T.; MACHADO, M. F. A. S.; BECKER, S. L. M. Educação em saúde a gestante utilizando a estratégia de grupo. Rev. RENE, Fortaleza, v. 8, n. 3, p. 107-116, set./dez. 2007.

OLIVEIRA, S. M. J. V. et al. Tipo de parto: expectativas das mulheres. Rev. Lat-Am. de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 5, p. 667-674, set-out. 2002. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692002000500007.

PESSOA, L. 13,5% das crianças são de mães adolescentes. Jornal Cruzeiro do Sul, Sorocaba, 29 nov. 2016. Disponível em: <http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/747847/135-das-criancas-nascidas-na-rms-sao-de-maes-adolescentes.html>. Acesso: 28 mar. 2017.

REZENDE, J. Obstetrícia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 1104 p.

SAMPAIO NETO, L. F.; ALVARES, L. B. O papel do obstetra e do psicólogo na depressão pós-parto. Rev. Fac. Cienc. Méd. de Sorocaba, Sorocaba, v, 15, n. 1, p. 180-183, Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/13171>. Acesso em: 10 mar. 2017.

SANTOS, F., C. et al. O processo evolutivo entre as gerações X, Y e baby boomers. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 14., out. 2011, São Paulo. Disponível em: <https://originaconteudo.com.br/arquivos/Artigo-geracoes-X-Y-e-Baby-boomers.pdf>. Acesso em 10 mar. 2017.

SANTOS, R. V.; PENNA, C. M. M. Integralidade do cuidado à gestante, puérpera e recém-nascido: o olhar de usuários. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 18 n. 4, p. 652-660, 2009.

SCHIRMER, J. et al. Incentivando o parto normal. In: BARROS, S. M. O. de; MARIN, H. F.; ABRÃO, A. C. F. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. São Paulo: Roca, 2002. p. 203-210.

SOUZA, V. B.; ROECKER, S.; MARCON, S. S. Ações educativas durante a assistência pré-natal: percepção de gestantes atendidas na rede básica de Maringá- PR. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 199-210, 2011. doi: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i2.10162.

STRAPASSON, M. R., SILVA, E. V., FISHER, A. C. S. Métodos não farmacológicos de alívio da dor durante trabalho de parto e parto. REUFSM, Santa Maria, v. 1, n. 2, p. 261-271, 2011. doi: http://dx.doi.org/10.5902/217976922526.

TEDESCO, R. P. et al. Fatores determinantes para expectativas das primigestas acerca da via de parto. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 26, n. 10. nov.-dec. 2004. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004001000006.

ZAMPIERI, M. F. et al. Processo educativo com gestantes e/ou casais grávidos: possibilidade de reflexão para transformação e reflexão da realidade. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 19, n. 4, p. 719-727, out.-dez. 2010.

ZANGALLI, C.; POLONI, P. G. P.; LANG, C. S. Grupo de gestantes. In: CONGRESSO DE PESQUISA E EXTENSÃO DA FACULDADE DA SERRA GAÚCHA, 4., 2016, Caxias do Sul. Anais... Disponível em: <http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao/article/view/2301>. Acesso em: 22 mar. 2017.

Downloads

Publicado

21-11-2017

Como Citar

NANAMURA, M. H. S.; NETO, L. F. de S. Curso para pais grávidos: expectativas das gestantes/acompanhantes e dos profissionais envolvidos. Revista de Educação Popular, Uberlândia, v. 16, n. 2, p. 54–69, 2017. DOI: 10.14393/rep_v16n22017_art04. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/view/37338. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais