Origem das Campinaranas e os Padrões de Resiliência Ecológica: Análise em Silves-Amazonas-Brasil
PDF -pt
PDF -en (English)

Palavras-chave

Gênese
Amazônia
Paisagens Modificadas

Como Citar

DE ABREU, N. R.; REIS, E. J. M. dos; VIEIRA, A. F. . S. G. Origem das Campinaranas e os Padrões de Resiliência Ecológica: Análise em Silves-Amazonas-Brasil. Sociedade & Natureza, [S. l.], v. 36, n. 1, 2024. DOI: 10.14393/SN-v36-2024-72037. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza/article/view/72037. Acesso em: 28 set. 2024.

Resumo

A pesquisa aborda a origem das Campinaranas e as principais características dessa paisagem amazônica. Os resultados desse trabalho são parte de uma tese de doutoramento, intitulado: Relação entre as Florestas de Campinaranas e o Processo de Resiliência Ecológica (Amazônia, Brasil). As Campinaranas são paisagens atípicas na Amazônia, ocorrem de forma dispersa em meio a Floresta Ombrófila Densa, apresentando um solo arenoso e uma vegetação de pequeno porte. Foram utilizados alguns procedimentos metodológicos para evidenciar a origem das Campinaranas, a metodologia utilizada baseou-se em pesquisa de campo, no qual separou-se cinco pontos de coleta de amostras na bacia hidrográfica do rio Sanabani, em Silves, Amazonas - Brasil. Essas coletas possibilitaram compreender as particularidades principais das Campinaranas (solo, vegetação e intervenções humanas) através de análise do solo (química e física do solo), análise comparativa, inventário da vegetação e classificação do ambiente. Os principais objetivos foram: 1) Quantificar as variáveis (solo e vegetação) das Campinaranas da área de estudo; 2) Identificar as principais intervenções nas áreas de Campinaranas e a origem desse sistema ambiental. Os resultados demonstram que as Campinaranas são ambientes diversificados e resultantes da resiliência ecológica da Floresta após um evento de intervenção, que como verificado nas análises, as alterações no meio modificaram a granulometria do solo e consequentemente, todo estrutura a ser desenvolvida.

https://doi.org/10.14393/SN-v36-2024-72037
PDF -pt
PDF -en (English)

Referências

AB’ SABER, A. N. O Domínio Morfoclimático Amazônico. In: Leituras indispensáveis. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

ABREU, N. R. P; VIEIRA, A. F. S. G. Análise das Diferenças Florísticas e os Diferentes Tipos de Solo das Rodovias Am 330 e Am 363, em Silves e Itapiranga, Amazonas. Geosaberes, Fortaleza, v. 10, n. 21, p. 1-13, 2019. https://doi.org/10.26895/geosaberes.v10i21.720.

ABREU. N. R. P. A. Relação entre as Florestas de Campinaranas e Processo de Resiliência Ecológica (Amazônia, Brasil). Tese de Doutoramento. Universidade de Lisboa. Lisboa-Portugal, 2023.

BUENO, G. T. Appauvrissement et podzolisation des latérites du baissin du Rio Negro et gênese dês Podzols dans le haut bassin amazonien. Doutorado em Geografia. Rio Claro, 191p., 2009.

DIEGUES, A. C. O Mito Moderno da Natureza Intocada. Editora Hucitec, São Paulo, 6 ed., 2008. https://doi.org/10.1590/S1678-53202008000100010

DUCKE, A.; BLACK, G. A. Notas sobre a fitogeografia da Amazonia brasileira. Boi. Técnico do IAN, Belém, p. 1-62, 1954.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análise de solo. Rio de Janeiro, 1997.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Belém-PA). Avaliação da Aptidão Agrícola do Município de Silves – Estado do Amazonas. Belém, 2003.

FERREIRA, C. A. C. Análise comparativa do ecossistema campina na Amazônia brasileira. Tese (doutorado). INPA, Manaus, 2009.

GUIMARÃES, F.S; BUENO, G.T. As Campinas e Campinaranas Amazônicas. Caderno de Geografia, São Paulo, v. 26, n. 45, p. 113, 2016.https://doi.org/10.5752/P.23182962.2016v26n45p113.

HOLLING, C. S. Resilience and stability of ecological systems, Annual Review of Ecological Systems, p. 1-23. 1973. https://doi.org/10.1146/annurev.es.04.110173.000245

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Manual técnico da vegetação brasileira: Sistema fitogeográfico: inventário da formações florestais e campestres: técnicas e manejo de coleções botânicas: procedimentos para mapeamentos. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. 272p.

JANZEN, D. H. Tropical blackwater rivers, Animais and mast fruiting by the Dipterocarpaceae. Biotropica, p. 69-103, 1974. https://doi.org/10.2307/2989823

KLINGE, H. Podzol soils in the Amazon Basin. Journal of Soil Science, p. 95-103, 1965. https://doi.org/10.1111/j.13652389.1965.tb01423.x

LUIZÃO, R .C. C; LUIZÃO, F. J; PAIVA, R. Q; MONTEIRO, T. F; SOUSA, L. S; KRUIJT, B. Variation of carbon and nitrogen cycling processes along a topographic gradient in a central Amazonian forest. Global Change Biology, p. 692-600, 2004. https://doi.org/10.1111/j.1529-8817.2003.00757

LISBOA, P. L. Observações gerais e revisão bibliográfica sobre as campinas amazônicas de areia branca. Acta Amazônica, v. 5, n. 3, p. 211-223, 1975. https://doi.org/10.1590/1809-43921975053211

MAFRA, A. L; MIKLOS, A. A. W; VOLKOFF, B.; MELFI, A. J. Pedogênese numa sequência latossolo-espodossolo na região do alto rio Negro, Amazonas. Revista Brasileira de Ciência do Solo, n. 26, p. 381-394, 2002. https://doi.org/10.1590/S010006832002000200012.

MENDONÇA, B. A. F. Campinaranas Amazônicas: Pedogênese e a relação solo-planta, Viçosa-MG, 2011.

MENDONÇA, B. A. F; FERNANDES FILHO, E. I; SCHAEFER, C. E. G. R; SIMAS, F. N. B; PAULA, M. D. Os solos das campinaranas na Amazônia brasileira: ecossistema arenícolas oligotróficos. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 25, n. 4, p. 827-839, 2015. https://doi.org/10.5902/1980509820581.

PRANCE, G. T. Estudos sobre a vegetação das campinas amazônicas-I: Introdução a uma série de publicações sobre a vegetação das campinas amazônicas. Acta Amazônica, v. 5, n. 3, p. 207-209, 1975.

PRANCE, A. G; ALBUQUERQUE, B. W. P. Estudos sobre a vegetação das campinas amazônicas-III: A vegetação lenhosa da campina da reserva biológica INPA-SUFRAMA (Manaus-Caracaraí, Km 62). Acta Amazônica, v. 5, n. 3, p. 225-246, 1975. https://doi.org/10.1590/1809-43921975053207.

PRANCE, G. T. E.; SCHUBART, H. O. R. Notes on the Vegetation of Amazonia I. A Preliminary Note on the Origin of the Open White Sand Campinas of the Lower Rio Negro. Brittonia, p. 60-63, 1978. https://doi.org/10.1590/1809-43921975053225.

PRANCE, G. T. The Diversity of the Amazon Flora. Royal Institution Proceedings, p. 169–195, 1992. https://doi.org/10.2307/2806458.

ROOSEVELT, A. C. The Amazon and the Anthopocene: 13.000 years of human influence in a tropical raiforest. Elsevier, p. 2213-3054. https://doi.org/10.1016/j.ancene.2014.05.001

SPRUCE, R. J. B. Notes of a botanist on the Amazon and Andes. London, R . Wallace, 1908.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Nadia Rafaela de Abreu, Eusébio Joaquim Marques dos Reis, Antonio Fábio Sabbá Guimarães Vieira

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...