Resumo
A modernização agrícola ocorrida no Brasil a partir dos anos 1970 desencadeou transformações signi- ficativas no campo, sendo estas acentuadas em virtude da reestruturação produtiva do capital. Passados aproximadamente 40 anos, velhos problemas persistem, revelando as contradições do modelo agrário/ agrícola adotado pelo Estado para sustentar o projeto de modernização do país. Novos territórios são incluídos no circuito reprodutivo do capital, tendo como desdobramento processos de desterritorialização, expropriação, miséria e precarização do trabalho postos como inevitáveis na trajetória rumo ao progresso e modernidade. Refletir sobre os resultados desse fenômeno faz-se necessário porque, através de sua análise, é possível identificar a origem de graves problemas vivenciados no campo e na cidade, pois no caso brasileiro, não é possível dissociar o campo da cidade. Para a realização da pesquisa fez-se necessário a construção de um referencial teórico associado a imersões a campo, com o intuito de estabelecer uma interlocução entre a teoria e a prática. A pesquisa está pautada na abordagem qualitativa, sendo utilizados diversos instrumentos de coleta de dados, tais como entrevistas, diário de campo, registro fotográfico e relatos orais, utilizados durante as várias etapas do trabalho de campo.Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem em revista de acesso público, os artigos são licenciados sob Creative Commons Attribution (BY), que permite o uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado.
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