Abstract
O presente artigo argumenta que o curso de geografia física de Imannuel Kant é o produto de uma reflexão filosófica e cosmológica, devido a problemática em se estabelecer a regularidade da natureza, que é espacialmente diferenciada e regulada por fundamentos mecânicos e causais. A partir de problemas filosóficos relacionados às teses desenvolvidas na Crítica da Razão Pura, a partir de críticas advindas dos viajantes e naturalista sobre a sua concepção de universalidade do conceito de natureza e sobre a sua concepção de espaço; Kant é obrigado a rever sua posição filosófica, que acontecerá somente a partir de uma profunda revisão dos conceitos de metafísica, matéria, espaço e natureza. O espaço, agora, não mais ideal, passa a ser a categoria estruturante do mundo empírico, onde a geografia é qualificada como a ciência do espaço, a partir de uma reflexão metafísica sobre a natureza e Terra, erguendo assim as bases para uma filosofia da geografia na modernidade.
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Copyright (c) 2010 Alexandre Domingues Ribas, Antonio Carlos Vitte