Abstract
O presente trabalho tem como objetivo identificar, por meio de técnicas de geoprocessamento, alterações espaciais ocorridas no manguezal do Rio Cachoeira, Ilhéus, Bahia, e áreas adjacentes, no período de 21 anos, correlacionando-a com elementos de origem antrópica. Foram identificadas e mapeadas quatro classes temáticas: manguezal, água, urbano, e sistemas adjacentes. Ao longo dos anos houve o avanço da área urbana em detrimento das de manguezal e dos demais sistemas adjacentes, aumentando concomitantemente a pressão antrópica sobre os mangues. Problemas de ordem econômica e conseqüente flutuação da população no município ocasionaram a ocorrência de diversas formas de supressão sobre o mangue, como o corte, aterro, lançamento de resíduos sólidos, etc. associadas à baixa qualidade de vida no entorno do manguezal. Em contrapartida, houve a conservação de parte do mangue, devido ao difícil acesso na margem oposta à cidade, em associação à presença de Reserva Particular do Patrimônio Natural. O avanço das pressões antrópicas identificados no período e a atual situação vão contra a possibilidade de regeneração natural possível ao ecossistema. Mesmo que eliminado o fator estresse, o metabolismo do sistema pode apresentar implicações negativas irreversíveis. Permanecendo o ritmo e a forma de alteração registrada nos últimos anos, o ganho de território sobre os manguezais do rio Cachoeira dificilmente será interrompido nos próximos anos. Assim, o município ganha território, e perde um ecossistema de inestimável valor, podendo acarretar problemas sociais num futuro próximo.This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2009 Patrick Thomaz de Aquino Martins, Lilian de Lins Wanderley
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