Abstract
A Ecologia da Paisagem vem se tornando uma importante ferramenta para a tomada de decisões no ordenamento do território. Nessa ótica, este trabalho analisa a composição e configuração espacial da paisagem do Rio Pitangui, antecedente a formação dos planaltos paranaenses, em sua entrada pela Escarpa Devoniana. As unidades de paisagens (UP) florestais e campestres foram delimitadas e embasaram os cálculos das métricas de paisagem. As UPs foram classificadas de acordo com sua extensão e sua funcionalidade em: trampolins, corredores e fragmentos. Em um total de 8.015 ha, foram identificados 103 fragmentos florestais (11,4% da área) e 82 campestres (49,4%), restando 39,2% de área antropizada por pastagens, cultivos e reflorestamentos. As áreas campestres apresentaram tamanho médio maior e conformação espacial mais regular do que as áreas florestais, menores e mais alongadas. Existem fragmentos campestres extensos numa paisagem com predominância de áreas naturais sobre as antrópicas. As características da paisagem desse segmento são resultados não só da interferência antrópica, mas principalmente da evolução da paisagem frente às flutuações climáticas do Quaternário recente. As áreas naturais desta porção da bacia apresentam condições espaciais favoráveis no que se refere à manutenção da biodiversidade, como extensão e continuidade. Há diferenças no padrão de uso do solo nas áreas estudadas, a porção norte apresenta-se mais antropizada enquanto que na porção sul as áreas naturais estão mais preservadas.Authors hold the Copyright for articles published in this journal, and the journal holds the right for first publication. Because they appear in a public access journal, articles are licensed under Creative Commons Attribution (BY), which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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