MAPAS ESTÁTICOS E DINÂMICOS, TANTO ANALÍTICOS COMO DE SÍNTESE, NOS ATLAS GEOGRÁFICOS ESCOLARES: A VIABILIDADE METODOLÓGICA

Conteúdo do artigo principal

Marcello Martinelli
Elizabeth de Souza Machado-Hess

Resumo

No ensino-aprendizagem da Geografia, pelo menos naquele centrado na Europa, os Atlas geográficos escolares ganharam crédito entre os materiais didático-pedagógicos desde o início do século XIX. Um primeiro atlas escolar do continente fora o alemão "Kleiner Atlas Scholasticus" de 1710. Fora secundado pelo "Atlas methodicus" de 1719. Outros compareceram concebidos como simplificações dos grandes Atlas gerais de referência. O "Atlas général Vidal-Lablache: histoire et géographie" de 1894 foi um clássico que inspirou derivações. No Brasil, em 1868 se publicava o Atlas do Império do Brazil de Cândido Mendes de Almeida, o primeiro Atlas escolar brasileiro. Fruto de toda evolução da cartografia, atualmente conta-se com uma variada gama de Atlas escolares nos formatos impresso, digital e eletrônico, sejam mundiais, nacionais, regionais, estaduais, metropolitanos, municipais e até locais. A elaboração de um Atlas geográfico para escolares considera como primeiro passo para sua coordenação o entrelaçamento integrado de duas orientações básicas, onde estão presentes o espaço e o tempo:o ensino do mapa, com bases teórico-metodológicas sobre a construção e representação do espaço na criança e a respectiva representação, inicialmente, da sua própria realidade espacial e depois daquela das outras pessoas; o ensino pelo mapa, praticado em geografia para o conhecimento do mundo, desde o próximo vivenciado e conhecido - o lugar - ao distante desconhecido - o espaço mundial -, não de forma linear, mas mediante cotejamentos entre os vários níveis de abordagem. Assim, haverá compreensão de como a realidade local se relaciona com o todo mundial. E o aluno raciocinará sobre determinado contexto, sem tê-lo experimentado antes. Em seguida, ingressa-se nas bases metodológicas da geografia para compor o conteúdo do Atlas. Atrelado a este estaria a definição do recorte espacial. Na sequência, considera-se a Cartografia Temática como uma linguagem da representação gráfica. Assim, os mapas temáticos podem ser construídos por vários métodos, cada um mais apropriado à representação do tema selecionado, seja numa apreciação estática, ou dinâmica. Ainda, a realidade pode ser vislumbrada dentro de um raciocínio de análise ou de síntese. Dento desse panorama, a presente elucubração dará ênfase à participação, junto aos atlas geográficos para escolares, dos mapas elaborados segundo as apreciações, estática e dinâmica, desdobradas nos encaminhamentos do raciocínio, seja no nível analítico, como no de síntese.

Downloads

Download data is not yet available.

Detalhes do artigo

Seção

Artigos

Biografia do Autor

Marcello Martinelli, Universidade de São Paulo - USP

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Departamento de Geografia

Elizabeth de Souza Machado-Hess, Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Departamento de Geografia

Como Citar

MARTINELLI, Marcello; MACHADO-HESS, Elizabeth de Souza. MAPAS ESTÁTICOS E DINÂMICOS, TANTO ANALÍTICOS COMO DE SÍNTESE, NOS ATLAS GEOGRÁFICOS ESCOLARES: A VIABILIDADE METODOLÓGICA. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 66, n. 4, 2014. DOI: 10.14393/rbcv66n4-44690. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44690. Acesso em: 5 dez. 2025.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.