Percepções docentes sobre violência escolar

o que pensam professores da educação básica em uma prática extensionista sobre direitos humanos e diversidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-2025-77655

Palavras-chave:

Violência escolar, Direitos humanos, Diversidades, Formação docente, Educação básica

Resumo

Este artigo explora a percepção de professores da educação básica sobre a violência escolar, a partir de uma prática extensionista sobre direitos humanos e diversidades. A violência escolar é um fenômeno complexo e recorrente, que impacta diretamente a experiência de docentes e estudantes. Este estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto de pesquisa e extensão “FALA JOVEM: diálogos sobre violências e formas de resistências vivenciadas por estudantes do ensino médio em uma escola estadual de Governador Valadares”, em um momento de formação docente ocorrido em uma escola estadual localizada na cidade de Governador Valadares/MG. A pesquisa adotou uma abordagem quanti-qualitativa, utilizando os dados levantados com um questionário aplicado aos docentes. Os resultados indicam que a violência verbal e psicológica são as formas percebidas pelos respondentes como as mais frequentes no contexto escolar, sendo que a maioria dos professores opta por encaminhar os casos à direção escolar ou coordenação pedagógica, em vez de intervir diretamente. A análise sugere que a violência escolar reflete desigualdades estruturais, além de que a formação continuada dos docentes sobre temáticas de direitos humanos e diversidades, aliada a políticas institucionais eficazes, é essencial para um enfrentamento mais adequado da violência no contexto da educação básica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Edmarcius Carvalho Novaes, Universidade Vale do Rio Doce

    Doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil; professor na Universidade Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil; coordenador do Projeto "FALA JOVEM: diálogos sobre violências e formas de resistências vivenciadas por estudantes do Ensino Médio em uma escola estadual de Governador Valadares".

  • Renata Greco de Oliveira, Universidade Vale do Rio Doce

    Doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil; professora na Universidade Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil; coordenadora institucional e coordenadora de área no PIBID-UNIVALE.

  • Ana Cristina Marques de Oliveira, Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais

    Doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil; servidora pública estadual de carreira da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SRE - Governador Valadares), Brasil; diretora da Escola Estadual Israel Pinheiro, Minas Gerais, Brasil.

  • Tiago de Castro Silva, Universidade Vale do Rio Doce

    Mestrando em Gestão Integrada do Território na Universidade Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil.

  • Linda Carten Estevan Lopes, Universidade Vale do Rio Doce

    Mestranda em Gestão Integrada do Território na Universidade Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil.

Referências

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei n° 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014-2024 e dá outras providências. Brasília, DF, 2018. Disponível em: https://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=104251-rces007-18&category_slug=dezembro-2018-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 3 jul. 2024.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012. Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Brasília, DF, 2018. Disponível em: https://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=10889-rcp001-12&category_slug=maio-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 3 jul. 2024.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

FORPROEX. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICAS BRASILEIRAS Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus: FORPROEX, 2012.

GOMES, A. M. A.; OLIVEIRA, R. G.; FERNANDES, V. C. Repensando a extensão: formação com professores orientadores de extensão e coordenadores de cursos de graduação da UNIVALE. In: NOGUEIRA, A. B.; SILVA, A. W. C.; PLACIDO, V. L. S. (org.). A prática da extensão universitária na formação e no impacto dos agentes envolvidos. Campinas: Splendet PUC-Campinas, 2024. p. 279-297.

HENNING, C. E. Interseccionalidade e pensamento feminista: as contribuições históricas e os debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de mercadores sociais da diferença. Mediações, Londrina, v. 20, n. 2, p. 97-128, jul./dez. 2015. DOI 10.5433/2176-6665.2015v20n2p97. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/22900. Acesso em: 3 jul. 2024.

NONATO, E. M. N. et al. A relação entre o campo de possibilidades e o projeto de vida de jovens em situação de conflito escolar. Educação, Santa Maria, v. 47, p. 1-23, 2022. DOI 10.5902/1984644447403. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/47403. Acesso em: 4 jul. 2024.

NOVAES, E. C. “Prazer, maricona”: multiterritorialidades de homens gays envelhecentes em Governador Valadares. 2022. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/245687. Acesso em: 3 jul. 2024.

NOVAES, E. C. et al. Vivências de juventudes LGBTQIAPN+ no ensino superior: entre marcadores sociais de diferença e violências de gênero. Inter-Ação, Goiânia, v. 49, n. 3, p. 1726-1743, set./dez. 2024. DOI 10.5216/ia.v49i3.80696. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/80696. Acesso em: 4 jul. 2024.

OLIVEIRA, A. C. M. Itinerários de (in)disciplinas, violências e conflitos escolares: narrativas de vivências e r-existências no território escolar. 2022. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/244435. Acesso em: 4 jul. 2024.

PINTO, F. D. A.; OLIVEIRA, R. G. A dialogicidade na extensão universitária: experiências “para” e “com” o coletivo Abayomi. In: NOGUEIRA, A. B.; SILVA, A. W. C.; PLACIDO, V. L. S. (org.). A prática da extensão universitária na formação e no impacto dos agentes envolvidos. Campinas: Splendet PUC-Campinas, 2024. p. 179-195.

TEIXEIRA, J. M.; SANCHES, A. Marcadores sociais da diferença e educação para os direitos humanos. Respeitar é preciso, 30 ago. 2023. Disponível em: https://respeitarepreciso.org.br/marcadores-sociais-da-diferenca-e-educacao-em-direitos-humanos/. Acesso em: 15 mar. 2025.

UNIVALE. UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE. Política de extensão da UNIVALE. Governador Valadares: UNIVALE, 2020.

Downloads

Publicado

14-08-2025

Como Citar

NOVAES, Edmarcius Carvalho; OLIVEIRA, Renata Greco de; OLIVEIRA, Ana Cristina Marques de; SILVA, Tiago de Castro; LOPES, Linda Carten Estevan. Percepções docentes sobre violência escolar: o que pensam professores da educação básica em uma prática extensionista sobre direitos humanos e diversidades. Revista Em Extensão, Uberlândia, p. 30–43, 2025. DOI: 10.14393/REE-2025-77655. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/77655. Acesso em: 27 dez. 2025.