Educação popular x educação para as classes populares
emancipação ou adaptação?
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2025-76290Palavras-chave:
Neurociência e educação, Formação humana, Educação sensorial, Educação popularResumo
Ao elaborar este artigo, pretendemos lançar um debate amistoso sobre o papel da educação no que concerne à formação direcionada às classes populares, à luz das reflexões produzidas por Paulo Freire. Ademais às ideias formuladas por outros/as intelectuais dos campos da educação, sociologia e neurociência, além de como essa formação se alinha com os projetos de realidade que se pretende produzir. Ademais, apresentamos uma discussão embrionária para nosso grupo de pesquisa, especialmente relacionada ao lugar da experiência sensorial na formação do indivíduo como uma das dimensões possíveis para a experiência humana. Essa organização textual tem como finalidade refletir se estamos contribuindo para a formação ou adaptação do sujeito à realidade existente com suas limitações e contradições. Nesse sentido, partimos de uma análise bibliográfica de contribuições teóricas que possam auxiliar-nos nessa empreitada, confrontando com os aspectos da realidade que nos atravessam enquanto pensamos e escrevemos. Esse movimento nos levou a considerar que, diante das perspectivas hegemônicas que orientam a educação escolar, no Brasil, a educação popular, como projeto político-pedagógico que pressupõe a formação de um indivíduo emancipado, não encontra lugar na escola, que esvazia a realidade de sentido e sustenta a adaptação dos sujeitos à realidade existente.
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